Uma agenda de carbono para transformar o setor da minera??o - A carbon agenda to transform the mining sector

Uma agenda de carbono para transformar o setor da minera??o

A Vale assumiu uma miss?o ousada, certamente uma das mais ousadas em sua trajetória, ao anunciar que irá zerar suas emiss?es líquidas de gases de efeito estufa até 2050. Como meta intermediária, a Vale vai reduzir em 33% as emiss?es até 2030 e consumir energia elétrica apenas de fontes renováveis no Brasil até 2025 e globalmente até 2030. Como a maior parte das emiss?es acontecem na cadeia de valor, também foi definida uma meta de reduzir em 15% estas emiss?es líquidas até 2035.

Trata-se de uma agenda climática ambiciosa da qual queremos ser líderes, influenciando e atuando com parcerias para o avan?o do setor como um todo. Um objetivo que conta com o comprometimento, o entusiasmo e o propósito de nossas equipes.

Como gerente de Mudan?as Climáticas da Vale, procuro conectar as diversas áreas da empresa à realidade das mudan?as climáticas e da política global, ajudando a definir metas, posicionamentos e estratégias.

Corrida contra o tempo

E qual é essa realidade? As mudan?as climáticas s?o um dos maiores desafios da humanidade, uma crise sem precedentes que amea?a a seguran?a alimentar, hídrica e econ?mica dos países. E o agravante é que corremos contra o tempo.

A janela de oportunidade para limitar o aumento da temperatura média global em menos de 2 °C em rela??o aos níveis pré-industriais, conforme definido no Acordo de Paris, em 2015, e limitar em 1,5°C até 2100, tem ficado cada vez mais estreita.

Estratégias claras, integradas e eficientes para avan?ar na agenda climática s?o imperativos para descarbonizar a economia e virar o jogo. O futuro depende do envolvimento de vários setores e, por isso, a Conferência das Partes sobre as mudan?as do clima (COP26) é t?o crucial. Apesar das metas anunciadas ainda n?o levarem a economia mundial para conten??o do aquecimento global em 1,5°C, houve aumento das metas que atualmente levariam o mundo para um aquecimento de 2,4°C. A regulamenta??o do artigo 6, foi outro passo importante, pois permite a consolida??o de um mercado global de carbono regulado.

Dois eixos

A Agenda Carbono Zero da Vale está focada em dois eixos: a redu??o das emiss?es diretas e indiretas nos escopos 1, 2 e 3, ou seja, em toda a sua cadeia de valor; e a remo??o e compensa??o de emiss?es residuais, com solu??es baseadas na natureza ???

No primeiro eixo, o escopo 1 refere-se às emiss?es de CO2e oriundas dos processos e da queima direta de combustíveis pela Vale; o escopo 2 se relaciona com as emiss?es resultantes da energia elétrica consumida, que deve ser 100% renovável em nossas opera??es globais até 2030; já o escopo 3 abrange as emiss?es de CO2e ao longo da cadeia de valor (de fornecedores, incluindo os de navega??o marítima, e de clientes), para o qual pretendemos participar do desenvolvimento de solu??es tecnológicas de baixo carbono e oferecer produtos premium que contribuam para reduzir as emiss?es, principalmente, da indústria siderúrgica.

O segundo eixo é a prote??o das florestas e o reflorestamento. Muita gente desconhece, mas há mais de 30 anos a Vale ajuda a proteger, em parceria com o ICMBio, cerca de 800 mil hectares de floresta na Amaz?nia, área equivalente a cinco vezes a cidade de S?o Paulo. O trabalho é transformador na regi?o, com gera??o de trabalho e renda para as comunidades. Nossa meta é recuperar e proteger mais 500 mil hectares, além dos quase 1 milh?o que já ajudamos a proteger no mundo;

Transformar o setor

O foco da nossa agenda é transformar o setor da minera??o, mas reconhecemos que só podemos liderar essa indústria rumo à economia de baixo carbono se induzirmos nossa cadeia de valor na mesma dire??o.

As emiss?es de escopo 3 da Vale, calculadas e verificadas anualmente por entidades independentes, representam 98% das emiss?es totais e n?o est?o sob nosso controle direto. Enquanto emitimos aproximadamente 14 milh?es de toneladas de emiss?es de GEE nos escopos 1 e 2, as emiss?es do escopo 3 s?o de 586 milh?es de toneladas de CO2e por ano, de acordo com dados do ano-base de 2017.?

Assim, para liderar a transi??o da indústria de minera??o para a emiss?es zero de carbono, é necessário trabalhar em conjunto com fornecedores, distribuidores e clientes.

N?o faltam desafios. O maior é atuar ativamente para reduzir ?emiss?es de gases de efeito estufa nas cadeias siderúrgica, metalúrgica e de navega??o, sem perder de vista a seguran?a das pessoas e do meio ambiente, agindo com respeito, cuidado e integridade. E senso de urgência.

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A carbon agenda to transform the mining sector

A Vale has taken on a bold mission, certainly one of the boldest in its history, by announcing that it will zero net emissions of greenhouse gases by 2050. As an intermediate target, Vale will reduce emissions by 33% by 2030 and consume electricity only from renewable sources in Brazil by 2025 and globally by 2030. As most emissions occur in the value chain, a target has also been set to reduce these net emissions by 15% by 2035.

This is an ambitious climate agenda of which we want to be leaders, influencing and acting with partnerships to advance the sector as a whole. A goal that relies on the commitment, enthusiasm and purpose of our teams.

As Vale's Climate Change manager, I try to connect the various areas of the company to the reality of climate change and global politics, helping to define targets, positioning and strategies.

?Running against time

And what is this reality? Climate change is one of humanity's biggest challenges, an unprecedented crisis that threatens the food, water and economic security of countries. And the aggravating factor is that we are racing against time.

The window of opportunity to limit the global average temperature increase to less than 2°C compared to pre-industrial levels, as defined in the Paris Agreement in 2015, and to limit it to 1.5°C by 2100, has become increasingly narrow.

Clear, integrated, and efficient strategies to advance the climate agenda are imperative to decarbonize the economy and turn the tide. The future depends on the involvement of multiple sectors, which is why the Conference of the Parties on climate change (COP26) is so crucial. Although the announced targets have not yet led the world economy to contain global warming by 1.5°C, there has been an increase in the targets that would currently lead the world to a warming of 2.4°C. The regulation of Article 6 was another important step, as it allows the consolidation of a regulated global carbon market.

Two axes

Vale's Zero Carbon Agenda is focused on two axes: reduction of direct and indirect emissions in scopes 1, 2 and 3, i.e. throughout its value chain; and removal and compensation of residual emissions, with nature-based solutions???

In the first axis, scope 1 refers to CO2e emissions from Vale's processes and direct burning of fuels; scope 2 is related to emissions resulting from the electricity consumed, which must be 100% renewable in our global operations by 2030; scope 3 covers CO2e emissions along the value chain (from suppliers, including shipping, and customers), for which we intend to participate in the development of low-carbon technological solutions and offer premium products that contribute to reduce emissions, mainly from the steel industry.

The second axis is forest protection and reforestation. Many people are unaware, but for more than 30 years Vale has been helping, in partnership with ICMBio, to protect about 800,000 hectares of forest in the Amazon, an area equivalent to five times the city of S?o Paulo. The work is transforming the region, generating jobs and income for communities. Our goal is to recover and protect another 500,000 hectares, in addition to the almost 1 million we have already helped protect around the world.

Transforming the sector

The focus of our agenda is to transform the mining sector, but we recognize that we can only lead this industry towards a low-carbon economy if we induce our value chain in the same direction.

Vale's scope 3 emissions, calculated and verified annually by independent entities, represent 98% of total emissions and are not under our direct control. While we emit approximately 14 million tons of GHG emissions in scopes 1 and 2, scope 3 emissions are 586 million tons of CO2e per year, according to 2017 baseline data.?

Thus, to lead the mining industry's transition to zero-carbon emissions, it is necessary to work together with suppliers, distributors, and customers.

There is no shortage of challenges. The biggest is to actively act to reduce greenhouse gas emissions in the steel, metallurgical and shipping chains, without losing sight of the safety of people and the environment, acting with respect, care and integrity. And sense of urgency.

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