The second Insight
Picture: Chico Carneiro

The second Insight

When I was about 5 years old, my mother enrolled me in swimming lessons. It was fascinating - and also frightening - learning how to synchronize my breathing and movements in order to move through the water. I still remember the feeling of lightness and freedom as I glided through the pool. A few years later I discovered Olympic gymnastics. Being given the chance? to do countless pirouettes, balance on the beam and fly? on the parallel bars ? felt like being invited to go play in an amusement park. The fear of falling or injuring myself was also present, but breaking down each movement helped me to overcome this fear. And as I grew up, I continued exploring different sports: basketball, handball, volleyball, athletics, and so on.?

It was more than just a passion for moving my body and releasing energy;? what led me to try so many physical activities was deep curiosity. Curiosity to discover what that next sport could offer me. Growing up, the same story repeated itself:? moving countries, changing jobs, starting new hobbies and exploring a million different interests. What could that next thing offer me that I might have not experienced yet?

A few years ago, I did an exercise to identify my main values. The first time I did it, the results were: leadership and responsibility. I thought that was beautiful. It sounded great. But who was I kidding? Those weren't my real values; they just sounded admirable and powerful. Just for show. And what good would it do me to serve values that weren't truly mine, but which belonged to a version of myself that I liked to present to others?

I did the whole exercise again, this time with total honesty and acceptance of whatever the answer might be. The result was "adventure". Really? Adventure? I didn't even know that could be a value...? It seemed a bit superficial and conventional. However, the more I reflected on my life, the more I noticed “adventure”? guiding me in my decisions and bringing me fulfillment. The desire to try something new, the butterflies in my stomach, the interests in so many different things were all linked to adventure. They all connected me to that curious child who wanted to have fun discovering a new sport. The girl who wanted to flow freely through? the waters of a swimming pool.

Okay, so it seemed that my true motto was to venture out, to leave my comfort zone. And so I carried on with life, letting adventure guide my choices. Eventually though, each adventure becomes routine, becomes normal, becomes comfortable until, without you realizing, it has become your new comfort zone. Could this be what had happened to the job that I had loved so much?

I looked deeply at my value and distilled its elements: excitement, intensity, novelty, extraordinariness, risk. I then began to observe myself at work and try to identify when these elements manifested themselves. Unfortunately, I didn't find many examples.?

Of course, sometimes you can't have everything. I tried to create adventure in activities outside work: exploring a new place on vacation, learning something new, writing stories, anything that? could bring me some of those elements. And they did! I remember the flutters I felt in my stomach when I decided to start a side project, talking to strangers on the subway. The challenge of starting a conversation, the curiosity about the person next to me, the energy of the conversation that flows and evolves. So good!

What if I could live out my value most of the time, and not just in slivers of free time at the end of the day?? How would I feel? What if I could experience this in my job? These thoughts became more and more frequent, and I began to fantasize about saying my farewells at work, how my routine would look without a 9-5 job, and everything I could do if I had the time. The dream of a different way of life became a constant. And I knew the time had come. Time to honor my values and live by them again. Time to stop gazing at the sea, and finally jump off that cliff...


Portuguese version

O segundo sinal

Quando eu tinha uns 5 anos minha m?e me matriculou na aula de nata??o. Foi fascinante - e também assustador - entender como sincronizar minha respira??o e o restante dos meus movimentos para conseguir me deslocar na água. Ainda me lembro da sensa??o de leveza e liberdade ao deslizar sobre as águas da piscina. Alguns anos depois descobri a ginástica olímpica. A possibilidade de dar inúmeras piruetas, de me equilibrar sobre a trave, de voar nas barras paralelas foi praticamente um convite para ir brincar num parque de divers?es. O medo de uma queda ou uma tor??o também estavam presentes, mas a evolu??o de cada movimento me ajudava a superar esse temor. E assim fui crescendo e desbravando diferentes esportes: basquete, handebol, v?lei, atletismo, etc.

Mais do que a paix?o por mexer meu corpo e dissipar energia, o que esteve por trás dessa minha jornada de provar tantas atividades físicas foi uma enorme curiosidade. Curiosidade em saber o que aquele próximo esporte que eu ainda n?o conhecia poderia me proporcionar. Ao crescer a mesma história se repetiu: na escolha por viver em diferentes países, passar por diversos trabalhos, ter variados hobbies e um milh?o de interesses. O que a próxima coisa poderia me oferecer que eu ainda n?o conhecesse?

Alguns anos atrás eu fiz um exercício para descobrir quais eram meus principais valores. A primeira vez que fiz, o resultado foi: lideran?a e responsabilidade. Achei bonito. Soava muito bem. Mas quem que eu estava querendo enganar? Aqueles n?o eram meus valores de verdade, mas sim algo que me parecia admirável e poderoso. Para inglês ver. E de que me serviria trabalhar com valores que n?o eram meus, mas de uma vers?o minha que gostava de se apresentar para os outros?

Refiz todo exercício, dessa vez com total honestidade e aceita??o pelo que viesse como resposta. O resultado foi “aventura”. Sério? Aventura? Nem sabia que isso podia ser um valor… Na minha opini?o, era algo meio superficial e meio hippy. Entretanto, quanto mais olhava para minha vida, mais o via presente me guiando em minhas decis?es e me fazendo me sentir plena. A vontade de experimentar o novo, o friozinho na barriga, o interesse em tantas coisas diferentes estavam afinal todos ligados à aventura. Estavam todos conectados àquela crian?a curiosa que queria se divertir ao conhecer um novo esporte, que queria fluir leve e livre nas águas de uma piscina.

Ok, me parecia ent?o que meu lema era me aventurar, deixar minha zona de conforto. E assim fui vivendo e fazendo minhas escolhas. No entanto, em algum momento, aquela aventura ia virando rotina, se normalizando, se tornando c?moda até que, sem você perceber, tinha se tornado novamente sua zona de conforto. Será que era isso que tinha acontecido com meu trabalho que eu tanto gostava?

Olhei profundamente para meu valor e destilei seus elementos: empolga??o, intensidade, novidade, extraordinariedade, risco. Passei ent?o a me observar no trabalho e tentar identificar quando esses elementos se manifestavam. Infelizmente n?o encontrei muitos.?

Certo, às vezes, n?o se pode ter tudo. Tentei criar a aventura em atividades paralelas ao trabalho: explorando um lugar novo nas férias, aprendendo algo diferente, escrevendo histórias, qualquer coisa que me trouxesse alguns daqueles elementos. E elas traziam! Eu lembro do friozinho na barriga que senti quando resolvi fazer um projeto paralelo de falar com estranhos no metr? . O desafio de come?ar uma conversa, a curiosidade pela vida da pessoa ao meu lado, o entusiasmo da conversa que flui e evolui. T?o bom!

Mas e se os momentos em que estou vivendo meu valor fossem a maior parte do meu tempo e n?o as lascas que sobram do meu dia? Como eu me sentiria? E se eles se tornassem meu trabalho? Esses pensamentos se tornaram cada vez mais frequentes e passei a fantasiar minha conversa de despedida, minha rotina sem um trabalho das 9h-5h e tudo que poderia fazer se tivesse tempo. A atra??o por um jeito diferente de viver a vida virou uma constante.?

E eu sabia que tinha chegado a hora. Hora de honrar meus valores e voltar a viver de acordo com eles. Hora de parar de ficar apenas contemplando a paisagem e finalmente me jogar com tudo. Hora de me preparar para esse salto…

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