PRISMA WEEKLY MARKET REPORT #24 – A GLIMPSE AT THE FEEDS INDUSTRY
Working in the frozen animal proteins industry means working in a highly dynamic market, as any other market that is constantly in friction with a large array of countries, cultures and interests. The day-to-day basis is full of variables to be taken into account, these go all the way from domestic prices to exchange rates; hence, it is no meaningless matter when it is said that the smallest movement in any tangential area can create the biggest changes. Things should not be overlooked.
Prices are always unstable, due to the many forces at work in every single moment. One example that will be looked into in today’s report is the feeds industry, one of the foundations to determine the price of live animals as they are fed every day with nutritious rations made mainly of corn and soy, as well as other seeds and grains. This seamless sector is often the main cause to long term price changes in the frozen animal proteins industry, as it has been seen in previous reports, live cattle and pig prices in Brazil, for example, have sky rocketed and hit historical highs in 2020, this is no standalone feat of the high demand created by China, but also of China’s effects in the oilseeds and grains industry. As the Asian giant purchases more in both ends, an increase in the corn demand also increases its prices and the prices of live animals, going all the way to an increase in the frozen meats. The same can be said about an increase in frozen meat demands, both sectors are deeply intertwined.
In 2020, China finally achieved its centenary goal of eradicating poverty, striving towards a moderately modern society. This, in exchange, comes with a higher responsibility towards its citizens that have become increasingly demanding, eating more and better. As more food is needed, China also needs to be able to create more animals, and after three years of continued sacrifices due to the African Swine Fever, China is slowly rebuilding its herd; but with this, comes an unprecedented demand for feeds that had long been restrained. As shown by the United States Department of Agriculture (USDA), China is expected to import over 22 Million Metric Tons of Corn in 2020/2021 and increase its import of other grains (wheat, rice, coarse grains…) from over 250 Million Metric Tons to 265 Million in 2020/2021 according to latest data released in January 21st, 2021.
This movement has already been impacting the market since last year, with great rises in Brazilian Corn and Soybean prices, achieving record high prices. As corn prices currently sit at over 83,38 BRL per each 60 KG bag (1,38BRL/KG) and soybean prices are estimated at 166,54 BRL per each 60KG bag (2,77BRL/KG) following latest data from the Brazilian Center of Advanced Studies in Applied Economy (CEPEA). These prices will continuously push live animal prices in Brazil to new standards, and with 2021 forecasts ever positive for a continued increase in feeds exports to China, there seems to be no stopping this movement in the near future.
And it becomes even harder to compete with it, as export prices become more and more attractive to producers all over the world, where prices in the beginning of 2020 were at around 340 USD/TON, now they have already gone through the 550 USD/TON mark according to USDA’s Oilseeds report release in February 9th, 2021. This in turn will reduce national stocks in main soybean exporters, such as Brazil and the United States, both countries which are also main animal protein producers. In the end, consumers in these two countries may need to pay more for food.
It is no surprise, then, that Brazil plans to increase its soybean exports, as prices remain highly profitable with a devalued currency, Brazilian agriculture exports will be kept strong in 2021 following up from a very successful 2020.
Yet, this is just the tip of the iceberg from the feeds industry, and with just this amount of information, there is already so much impact to be seen. For 2021, both the United States and Brazil are expected to increase their feeds exports, for example, the USDA forecasts over 27 billion dollars in soybean exports, increasing over 1 billion in value from 2020; and as for Brazil, there should be a record-breaking export number of over 85 million metric tons of soybeans, despite delayed harvests early in 2021. Expectations are high, and considering these exporting numbers, the frozen animal proteins industry should be hit hard with price increases that will remain for a long time, it is up to China to maintain this cycle that feeds in itself, buying more grains and oilseeds to rebuild its herd and at the same time, feeding its nation, but then, when this cycle ends and China completely rebuilds its animal population, what will be of Brazil, United States and the World? The countries might as well be ready for such a change, in time.
*All opinions expressed in this report solely reflect the current view by Prisma International and may or may not render to be true on the upcoming months.
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PRISMA - RELATóRIO SEMANAL #24 – UM VISLUMBRE NO SETOR DE ALIMENTA??O ANIMAL
Trabalhar na indústria de proteínas animais congeladas significa trabalhar em um mercado altamente dinamico, como qualquer outro mercado que está constantemente em atrito com uma grande variedade de países, culturas e interesses. O dia-a-dia está repleto de variáveis a serem levadas em considera??o, desde os pre?os domésticos até as taxas de cambio; portanto, o menor movimento em qualquer área tangencial pode acabar criando os maiores impactos. Os detalhes, mais do que nunca, n?o podem ser ignorados.
Os pre?os s?o sempre instáveis, devido às muitas for?as em a??o a cada momento. Um exemplo que será analisado no relatório de hoje é a indústria de alimenta??o animal, uma das bases para determinar o pre?o dos animais vivos, uma vez que s?o alimentados diariamente com ra??es nutritivas feitas principalmente de milho e soja, bem como outras sementes e gr?os. Este setor que à primeira vista pode n?o parecer relato, é na realidade, muitas vezes a principal causa das mudan?as de pre?os de longo prazo na indústria de proteínas animais congeladas, como foi visto em relatórios anteriores, os pre?os do boi gordo e suínos vivos, por exemplo, dispararam e atingiram máximas históricas em 2020 este n?o é um feito independente da alta demanda criada pela China, mas também é causa dos efeitos da China na indústria de sementes oleaginosas e gr?os. Uma vez que o gigante asiático compra mais nas duas pontas, um aumento na demanda por milho também aumenta os pre?os dos animais vivos, acarretando também o aumento das carnes congeladas. O mesmo pode ser dito sobre o aumento da demanda por carne congelada, ambos os setores est?o profundamente interligados.
Em 2020, a China finalmente atingiu sua meta centenária de erradicar a pobreza, alcan?ando o patamar de uma sociedade moderadamente moderna. Isso, em troca, vem com uma responsabilidade maior para com os cidad?os que est?o cada vez mais exigentes, comendo mais e melhor. à medida que mais alimentos s?o necessários, a China também precisa ser capaz de criar mais animais e, após três anos de sacrifícios contínuos devido à peste suína africana, a China está lentamente reconstruindo seu rebanho; mas com isso, vem uma demanda sem precedentes por alimentos que há muito foi restringida. Conforme mostrado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a China deve importar mais de 22 milh?es de toneladas de milho em 2020/2021 e aumentar sua importa??o de outros gr?os (trigo, arroz, gr?os grossos ...) de mais de 250 milh?es de toneladas para 265 milh?es em 2020/2021 de acordo com os dados mais recentes divulgados em 21 de janeiro de 2021.
Esse movimento já vem impactando o mercado desde o ano passado, com grandes aumentos nos pre?os do milho e da soja no Brasil, atingindo pre?os recordes. Como visto nos pre?os do milho que est?o atualmente em mais de 83,38 Reais por cada saca de 60 Kg (1,38BRL/ KG) e os pre?os da soja s?o estimados em 166,54 Reais por cada saca de 60Kg (2,77BRL / KG) a partir dos dados mais recentes do Centro de Estudos Avan?ados em Economia Aplicada (CEPEA). Esses pre?os levar?o continuamente os pre?os dos animais vivos no Brasil a novos padr?es e, com as previs?es para 2021 sempre positivas de um aumento contínuo nas exporta??es de alimentos para a China, parece n?o haver como parar esse movimento no futuro próximo.
Fica ainda mais difícil competir com este movimento à medida que os pre?os de exporta??o se tornam cada vez mais atrativos para os produtores de todo o mundo, onde os pre?os no início de 2020 estavam em torno de 340 USD/TON, agora já passaram da marca de 550 USD/TON de acordo com o relatório de sementes oleaginosas do USDA divulgado em 9 de fevereiro de 2021. Isso, por sua vez, reduzirá os estoques nacionais dos principais exportadores de soja, como Brasil e Estados Unidos, países que também s?o os principais fornecedores de proteína animal ao mundo, ao fim, consumidores destes dois países podem precisar pagar mais por alimentos.
N?o é surpresa, ent?o, que o Brasil planeje aumentar suas exporta??es de soja, como os pre?os continuam altamente lucrativos com uma moeda desvalorizada, as exporta??es agrícolas brasileiras se manter?o fortes em 2021 após um 2020 muito bem sucedido.
No entanto, esta é apenas a ponta do iceberg da indústria de alimenta??o animal e, apenas disso, já se vê o tamanho do impacto deste setor. Para 2021, tanto os Estados Unidos quanto o Brasil devem aumentar suas exporta??es de gr?os e oleaginosas, por exemplo, o USDA prevê mais de 27 bilh?es de dólares em exporta??es de soja, aumentando mais de 1 bilh?o em valor comparado a 2020; e quanto ao Brasil, deve haver um número recorde de exporta??o de mais de 85 milh?es de toneladas de soja, apesar do atraso da colheita no início de 2021. As expectativas s?o altas e, considerando esses números de exporta??es, a indústria de proteínas animais congeladas deve ser duramente atingida com aumentos de pre?os que permanecer?o durante o tempo, cabe à China manter esse ciclo que se retroalimenta, comprando mais gr?os e oleaginosas para reconstruir seu rebanho e ao mesmo tempo alimentando sua na??o, no entanto, quando esse ciclo acabar e a China reconstruir completamente sua popula??o animal, o que será do Brasil, dos Estados Unidos e do Mundo? Os países precisam estar prontos para essa mudan?a, em tempo.
*Toda opini?o expressa neste informe reflete somente a vis?o atual da Prisma International e pode ou n?o vir a tornar-se realidade nos meses vindouros.