PRISMA MARKET REPORT #85 - 2022 – READY FOR 2023: 3 TENDENCIES
The year 2022 was marked by changes and transitions, whether at the beginning with the War between Russia and Ukraine since February 20th, with the spread and large-scale comeback of Avian Influenza in the United States or even by the continuation of the effects of the Coronavirus globally and especially in China due to their Covid zero policy. Situations that do not have an end point, on the contrary, stretch over the time horizon and their consequences only become more and more apparent and necessary to deal with. On the precipice of an international recession (or should we say, already in one), there is no room to ignore 2022 and what must be inexorably accomplished in 2023.
In this context, three imminent situations in 2023 emerge and must be considered. Movements already observed in 2022, which are heading towards consolidation or continuity in subsequent years, need due attention. They are the spread of Avian Influenza beyond the United States, reaching countries in Central and South America; the continued reduction of pork imports by China with its recovery from African Swine Fever (ASF); and record exports of Brazilian beef to China following the “mad cow disease†cases recorded in 2021.
According to reports from the Pan American Health Organization (PAHO), avian influenza (HPAI) on the American continent is again present since 2021 with new outbreaks through 2022 and even in December 2022, with 48 of the 50 States in United States with confirmed cases of the disease in birds of different species. And only recently did the disease begin to spread with greater geographic reach due to the migratory movements of wild birds, with cases being registered in Canada, Chile, Colombia, Mexico, Peru and Venezuela, as shown in the PAHO map made available in week 49 (December 4th to December 10th).
Following these migratory movements of birds, the prospects for the subsequent months are not very positive, since both Peru and Chile, as well as Venezuela and Colombia, border Brazil, the largest exporter of chicken meat in the world and the third largest world chicken producer according to the most recent annual report by the Brazilian Association of Animal Protein (ABPA). With greater inspection and disease prevention, Brazilian bodies and institutions have escalated their defenses to prevent the entry of HPAI in Brazil, a fact that would be unprecedented in the country, since it has never experienced this animal health problem.
With its greater virulence and mutations that adapted the disease to the infection of several species of birds, avian flu has never been such an imminent danger for Brazil and the world, having already reached the United States, the world's largest producer of chicken and, at this moment threatens to hit Brazil, causing even greater international disruption.
Moving on to the second trend, with the recovery of the swine herd in China, especially in 2021 and 2022, the Asian country is gradually returning to levels close to self-sufficiency and, as a consequence, the reduction of pork imports is already feasible as visualized by data corroborated by the European Commission that prove the reduction of pork exports from Spain, currently Europe's largest exporter of this product, to China, with drops approaching 60% in a year-on-year comparison.
Likewise, Brazil is not out of this trend, with effects already felt in 2022, as seen in data compiled by ABPA, between January and October 2022, there was a reduction of approximately 24% in Brazilian pork exports to China in a year-to-year comparison. Given China's recovery, this trend should not deviate despite the Chinese recovery from the coronavirus, but uncertainties and unpredictable situations remain a reality.
With regard to beef exports, Brazil broke records in 2022, totaling already in November a volume of more than 1.1 million tons exported to China, a number much higher than that recorded in 2021 with 723 thousand tons according to the Brazilian Association of Meat Exporting Industries (ABIEC), this situation should remain with some stability in 2023, given the Chinese appetite in a country where beef production is far from any possibility of great domestic supply.
It is especially noted the direct relationship between the volumes and prices exported of Brazilian beef to China and the prices of live cattle nationally, while during the extension of the year 2022 the prices of the live animals did not vary much below the level of 300 BRL by arroba (each arroba equals roughly 15 kilos). With no prospects for China to reduce its purchases, 2023 will follow these same trends in beef prices and exports, except for State interventions as have occurred in Argentina in recent years. It remains to be seen whether the same will happen in Brazil.
Anyway, what is done here is a didactic exercise, just as it was not possible to predict the coronavirus pandemic in 2020, the beginning of the conflict between Russia and Ukraine in 2022, who will say what will happen in 2023? Predictability is ideal for many, but reality is much more full of unpredictability.
Prisma wishes all our readers and partners Happy Holidays!
*All opinions expressed in this report solely reflect the current view by Prisma International and may or may not render to be true on the upcoming months.
Sources:
ABPA: https://abpa-br.org/
European Commission: https://agridata.ec.europa.eu/extensions/DashboardPigmeat/PigmeatTrade.html?
Cepea – ESALQ: https://www.cepea.esalq.usp.br/br/indicador/boi-gordo.aspx
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PRISMA MARKET REPORT #85 -2022 – PRONTOS PARA 2023: 3 TENDêNCIAS
O ano de 2022 foi marcado por mudan?as e transi??es, seja em seu inÃcio com a Guerra entre Rússia e Ucrania desde 20 de fevereiro, com a dissemina??o e retomada em larga escala da Gripe Aviária nos Estados Unidos ou mesmo pela continuidade dos efeitos da pandemia do CoronavÃrus globalmente e especialmente na China devido a sua polÃtica de Covid zero. Situa??es estas que n?o possuem um ponto final, pelo contrário, alongam-se no horizonte temporal e suas consequências apenas tornam-se cada vez mais aparentes e necessárias de se atender, no precipÃcio de uma recess?o internacional (ou mesmo já em uma), n?o há espa?o para se ignorar 2022 e o que deve ser inexoravelmente realizado em 2023.?
Sob este contexto, três situa??es iminentes em 2023 despontam e devem ser consideradas. Movimentos já observados em 2022, os quais encaminham-se em dire??o a consolida??es ou continuidades nos anos subsequentes, necessitam devida aten??o. S?o eles a dissemina??o da Gripe Aviária para além dos Estados Unidos, atingindo paÃses da América Central e América do Sul; a contÃnua redu??o de importa??es de carne suÃna pela China com sua recupera??o frente à Peste SuÃna Africana (PSA); e as exporta??es recordes de carne bovina brasileira à China após os casos de “vaca louca†registrados em 2021.?
?De acordo com relatórios da Organiza??o Pan Americana de Saúde (PAHO), a gripe aviária (HPAI) no continente americano está novamente presente desde 2021 com novos surtos através de 2022 e mesmo em dezembro de 2022, com 48 dos 50 Estados dos Estados Unidos com casos confirmados da doen?a em aves de diversas espécies. E apenas recentemente a doen?a passou a disseminar-se com maior alcance geográfico devido aos movimentos migratórios das aves silvestres, sendo registrados casos no Canada, Chile, Col?mbia, México, Peru e Venezuela conforme aponta o mapa da PAHO disponibilizado na semana 49 (04 de dezembro a 10 de dezembro).?
Ao seguir-se estes movimentos migratórios das aves, as perspectivas para os meses subsequentes n?o s?o muito positivas, uma vez que tanto Peru e Chile, quanto Venezuela e Col?mbia fazem fronteira com o Brasil, maior exportador de carne de frango do mundo e terceiro maior produtor de frangos mundial de acordo com relatório anual mais recente da Associa??o Brasileira de ProteÃna Animal (ABPA). Com medidas de maior fiscaliza??o e preven??o à doen?a, órg?os e institui??es brasileiras tem escalado suas defesas para evitar a entrada da HPAI no Brasil, fato que seria registro inédito no paÃs, visto que nunca passou por este problema de sanidade animal.?
Com a maior virulência e muta??es que adaptaram a doen?a à infec??o de diversas espécies de aves, a gripe aviária nunca foi um perigo t?o iminente para o Brasil e o mundo, ao já atingir os Estados Unidos, maior produtor mundial de frango e, neste momento, amea?a atingir o Brasil, causando ainda maior disrup??o internacional.?
Passando-se para a segunda tendência, com a recupera??o do plantel suÃno da China especialmente nos anos de 2021 e 2022, o paÃs asiático volta gradativamente a nÃveis próximos da autossuficiência e, como consequência, a redu??o das importa??es de carne suÃna já s?o factÃveis como visualizado pelos dados corroborados pela Comiss?o Europeia que comprovam a redu??o de exporta??es de carne suÃna advindas da Espanha, atual maior exportador da Europa deste produto, para a China, com quedas que aproximam-se de 60% em uma compara??o ano a ano.?
Da mesma maneira, o Brasil n?o está fora desta tendência, com efeitos já sentidos em 2022, como visto em dados compilados pela ABPA, entre janeiro e outubro de 2022, houve redu??o de aproximadamente 24% nas exporta??es de carne suÃna brasileira à China em uma compara??o ano a ano. Dada a recupera??o da China, tal tendência n?o deve sofrer desvios a despeito da recupera??o chinesa frente ao coronavÃrus, todavia incertezas e situa??es imprevisÃveis mantém-se uma realidade.?
No que diz respeito à s exporta??es de carne bovina, o Brasil bate recordes em 2022, totalizando já em novembro volume superior a 1,1 milh?es de toneladas exportadas à China, número muito acima do registrado em 2021 com 723 mil toneladas de acordo com a Associa??o Brasileira de Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), esta situa??o deve-se manter com certa estabilidade em 2023, haja visto o apetite chinês em um paÃs onde a produ??o e carne bovina está muito longe de qualquer possibilidade de abastecimento interno.?
Nota-se, sobremaneira, a rela??o direta entre os volumes e pre?os exportados de carne bovina brasileira à China e os pre?os do boi gordo nacionalmente, enquanto durante a extens?o do ano de 2022 os pre?os da arroba n?o variaram muito abaixo do patamar de 300 reais por arroba. Sem perspectivas de a China reduzir suas compras, 2023 seguirá estas mesmas tendências de pre?os e exporta??es de carne bovina, salvo interven??es estatais como vieram a ocorrer na Argentina nos últimos anos. Resta saber se o mesmo ocorrerá no Brasil.?
Enfim, faz-se apenas um exercÃcio didático aqui, da mesma forma que n?o era possÃvel predizer a pandemia do coronavÃrus em 2020, o inÃcio do conflito entre Rússia e Ucrania em 2022, quem dirá o que ocorrerá em 2023? A previsibilidade é o ideal para muitos, mas o real é muito mais repleto de imprevisibilidade.?
A Prisma deseja a todos os seus leitores e parceiros Boas Festas!?
*Toda opini?o expressa neste informe reflete somente a vis?o atual da Prisma International e pode ou n?o vir a tornar-se realidade nos meses vindouros.
?Fontes:
ABPA: https://abpa-br.org/
Comiss?o Europeia:
Cepea – ESALQ: https://www.cepea.esalq.usp.br/br/indicador/boi-gordo.aspx