Porque n?o mudamos os KPIs das nossas empresas?

English version below

Medi??o é poder. Só podemos mudar o que conseguimos medir. OK. Já sabemos isto.

Mas estaremos a medir o que realmente importa?

Durante anos, habituámo-nos a avaliar o sucesso das nossas empresas com base em números rígidos, métricas de desempenho, performances e rankings competitivos.

Onde nos levou? A empresas esgotadas. A colaboradores sem sentido de perten?a.

A simplesmente executarmos sem sermos. A fazermos sem consciência.

No entanto, se queremos construir negócios verdadeiramente regenerativos e humanos, talvez seja tempo de reformular os nossos KPIs n?o apenas para medir o que fazemos, mas para refletir quem queremos ser.

Como empresas. Como profissionais. Como lideres.

Desta vez, fui perguntar ao ChatGPT e ao DeepSeek AI para ver o que me respondiam...

E a resposta entre os dois foi t?o simples quanto isto.

E se trocássemos:

• Desempenho por desenvolvimento e crescimento? Em vez de somente medir eficiência e produtividade, que tal focarmo-nos no crescimento das pessoas e das equipas? Uma empresa sustentável n?o é aquela que apenas maximiza resultados trimestrais, mas sim aquela que fomenta a aprendizagem contínua e o progresso coletivo.
• Rankings por satisfa??o genuína de clientes e colaboradores? Um hotel pode estar no topo das classifica??es, mas isso significa que os hóspedes realmente se sentem bem ali? E a equipa? Em vez de competir por estrelas e prémios, deveríamos estar a medir a autenticidade das experiências que proporcionamos. Um cliente feliz volta, recomenda e cria uma liga??o duradoura. Um colaborador realizado torna-se um embaixador natural da marca.
• Felicidade por bem-estar? A felicidade é volátil, mas o bem-estar é duradouro. Podemos incentivar sorrisos momentaneos com benefícios superficiais, mas se n?o promovemos equilíbrio entre vida pessoal e profissional, um ambiente de trabalho seguro e propósito no que se faz, estaremos apenas a maquilhar uma cultura de exaust?o.
• Resultados por impacto? O fim do mês chega e analisamos receitas, taxas de ocupa??o, margens de lucro. Mas o que devolvemos à sociedade, à comunidade e ao planeta? Em vez de apenas contabilizar números no Excel, deveríamos estar a medir a regenera??o ambiental que promovemos, a inclus?o social que impulsionamos e a diferen?a real que fazemos na vida das pessoas.
• Eficiência por resiliência? Ser eficiente é ótimo, mas se uma empresa n?o é resiliente, qualquer crise pode deitá-la abaixo. Avaliar a capacidade de adapta??o, inova??o e resposta a desafios pode ser um KPI mais valioso do que simplesmente medir rapidez e custo-benefício.
• Competi??o por colabora??o? Empresas que medem sucesso apenas pelo seu crescimento isolado podem estar a perder oportunidades de impacto coletivo. Que tal medir as parcerias estratégicas, a cocria??o e o apoio mútuo no setor?

Ok. Esta é a opini?o da IA. Mas e depois na realidade?

Mudar os KPIs de uma empresa exige coragem. As recomenda??es da IA fazem todo o sentido, mas o significa esta mudan?a realmente nas empresas?

Significa uma mudan?a de mindset. De mentalidades. E isto a IA n?o consegue fazer.

Significa desafiar a norma e adotar uma vis?o mais holística, onde as pessoas, o planeta e o propósito têm tanto peso como os proveitos. E isto a IA n?o consegue fazer.

Significa e exige um olhar atento sobre aquilo que realmente cria valor a longo prazo e n?o um foco no lucro imediato. E isto a IA n?o consegue fazer.

Significa liderar com empatia e intui??o, compreendendo as nuances humanas e os desafios emocionais de uma equipa. E isto a IA n?o consegue fazer.

Significa tomar decis?es baseadas em valores e ética, e n?o apenas em dados e algoritmos. E isto a IA n?o consegue fazer.

Significa criar um ambiente de trabalho onde a cultura organizacional vai além de métricas, promovendo um verdadeiro sentido de perten?a e colabora??o. E isto a IA n?o consegue fazer.

Acima de tudo, significa que temos de ser nós humanos a fazer e principalmente a ser. Porque uma lideran?a holística — aquela que agora precisamos com urgência — n?o mede o que se alcan?a, mas acima de tudo impacto que se deixa.

é sobre cuidar, conectar e regenerar.

é sobre liderar com propósito e pelo exemplo, inspirando outros a fazer o mesmo.

Estaremos nós humanos preparados para fazer esta transforma??o?

Temos de estar. Tem mesmo de acontecer. Ou nem a IA nos safa no futuro.

Why don't we change our companies' KPIs?

Measurement is power. We can only change what we can measure. OK. We already know this.

But are we measuring what really matters?

For years, we have become accustomed to evaluating the success of our companies based on hard numbers, performance metrics, performances, and competitive rankings.

Where has this gotten us? To exhausted companies. To employees with no sense of belonging.

To simply do without being. To do without awareness.

However, if we want to build truly regenerative and humane businesses, it's time to reformulate our KPIs - not just to measure what we do, but to reflect who we want to be.

As companies. As professionals. As leaders.

This time, I went to ask ChatGPT and DeepSeek AI to see what they would tell me...

And the answer between the two was as simple as this.

What if we changed

• Performance for development and growth? Instead of just measuring efficiency and productivity, how about focusing on the growth of people and teams? A sustainable company is not one that only maximizes quarterly results, but one that fosters continuous learning and collective progress.
• Rankings for genuine customer and employee satisfaction? A hotel may be at the top of the rankings, but does that mean that guests really feel good there? What about the staff? Instead of competing for stars and awards, we should be measuring the authenticity of the experiences we provide. A happy customer comes back, recommends and creates a lasting bond. A fulfilled employee becomes a natural brand ambassador.
• Happiness for well-being? Happiness is volatile, but well-being is long-lasting. We can encourage momentary smiles with superficial benefits, but if we don't promote work-life balance, a safe working environment, and purpose in what we do, we're just masking a culture of burnout.
• Results by impact? The end of the month arrives and we analyze revenues, occupancy rates, profit margins. But what have we given back to society, the community, and the planet? Instead of just counting numbers in Excel, we should be measuring the environmental regeneration we promote, the social inclusion we drive, and the real difference we make to people's lives.
• Efficiency over resilience? Being efficient is great, but if a company isn't resilient, any crisis can bring it down. Assessing the ability to adapt, innovate and respond to challenges can be a more valuable KPI than simply measuring speed and cost-effectiveness.
• Competition for collaboration? Companies that measure success only by their isolated growth may be missing out on opportunities for collective impact. How about measuring strategic partnerships, co-creation and mutual support in the sector?

Okay, that's AI's view. But what about in reality?

Changing a company's KPIs takes courage. AI's recommendations make perfect sense, but what does this change mean for companies?

It means a change of mindset. Of mentalities. And AI can't do that.

It means challenging the norm and adopting a more holistic vision, where people, planet and purpose carry as much weight as profits. And this AI can't do.

It means and demands a close look at what creates long-term value and not a focus on immediate profit. And this AI can't do.

It means leading with empathy and intuition, understanding the human nuances and emotional challenges of a team. And this AI can't do.

It means making decisions based on values and ethics, not just data and algorithms. And this AI can't do.

It means creating a work environment where the organizational culture goes beyond metrics, fostering a true sense of belonging and collaboration. And this AI can't do.

Above all, it means that it has to be us humans who do and, above all, who are. Because holistic leadership - the kind we urgently need now - doesn't measure what you achieve, but above all the impact you leave behind.

It's about caring, connecting and regenerating.

It's about leading with purpose and by example, inspiring others to do the same.

Are we humans prepared to make this transformation?

We must be. It really has to happen. Or even AI won't get us through in the future.