A inteligência artificial X conhecimento
Glauco Reis
LinkedIn Top Voice 2024 | Mestre em IA?? | Qiskit Certified Developer ?? | Qiskit Advocate?? | Palestrante??| IBMEr?? | Evangelista?? | Escritor??? | Modernization Expert ???? | Java Dev ?? | Quantum Ambassador at ??
A todo momento a discuss?o sobre IA recai sobre a fonte de informa??es usada para treinar os modelos. Hoje n?o temos muita discuss?o sobre o direito autoral na tecnologia da IA. Estou me referindo a este artigo aqui :
Esta quest?o é muito curiosa e tratamos diferentemente os seres humanos dos computadores. Toda crian?a quando nasce sofre um processo de aprendizagem, da mesma forma que o treinamento de uma IA. Só que na IA o treinamento é muito mais rápido. Embora a OpenIA tenha levado alguns anos para treinar o chatGPT, o tempo foi menor do que o equivalente para fazer o mesmo com um humano bebê. Ao longo da vida consumimos conteúdos, assistimos a jornais, lemos o "NY Times" mesmo sem uma "conta paga" sem muita crítica. O problema parece ser quando o coletivo entra em a??o. Se fizermos esta leitura previamente, e vendemos o pacote tecnologia+conhecimento, daí o problema aparece.
Se você comprar um rob? como a cena seminal do filme "Eu, rob?", onde embora extremamente sofisticados, s?o desprovidos de quaisquer capacidades, tudo bem. Você pode levá-lo para casa e treinar como a uma crian?a n?o existe problema. Mas se você comprar um rob? com todo conhecimento prévio lá dentro, ahh isto é um problema!
Afinal estamos comprando e pagando pelo "Rob?+Conhecimento", e o fornecedor do conhecimento deseja receber sua parcela na venda.
O uso individual de conteúdo com direito autoral n?o é problema. O uso coletivo parece ser. Fico aqui imaginando se fosse possível comprar uma IA generativa sem treinamento (na verdade é possível), tipo um daqueles kits da REVELL. Você compra a IA, e recebe do provedor as instru??es de como treinar ou montar a sua IA. Estas instru??es seriam basicamente um conjunto de links, e você colocaria sua IA para aprender. Ela teria feito o aprendizado da mesma forma que se o kit REVELL fosse vendido montado, mas o custo seria menor pela n?o cobran?a da montagem.
Já vimos um cenário parecido no passado, com o MP3. A maioria das grandes potências da música, que faziam de "gato e sapato" do músico, perderam seu ch?o com o Napster e o MP3. Quem ganhava dinheiro eram as produtoras, porque os músicos ganhavam dinheiro com shows e subprodutos das músicas. Hoje sabemos isto. Chegamos a um acordo razoável, onde músicas licenciadas podem ser consumidas sem a necessidade de comprarmos um LP (n?o se preocupe se n?o sabe o que é) com 12 músicas das quais só gostamos de uma delas. Foi uma quebra de paradigmas na música.
A mesma quebra de paradigma terá que acontecer na IA. Se você tem uma conta em qualquer rede social, seja LinkedIn YouTube Facebook ou qualquer outra, e n?o paga nada por esta conta, como pode exigir que sua informa??o seja privada e excusiva? Você pega um transporte coletivo ou UBER sem pagar? Porque deveria ser o mesmo com qualquer mídia digital ? Você está pagando de qualquer forma, com a sua "informa??o" que vai ser usada pela rede social para ganhar dinheiro.
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O uso gratuito do coletivo tem a premissa de n?o privacidade
E porque as corpora??es n?o compram a IA sem treinamento, e treinam elas mesmas ? é o que a maioria faz. Usa um HUB de modelos como Hugging Face, baixa um modelo com mais ou menos treinamentos, e coloca seu próprio treinamento sobre ela. Se for um banco, treina com dados financeiros, se for uma rede social, treina com conversa??es, se for uma produtora de filmes, treina com imagens. Assim ela n?o pode ser processada por uso indevido de conhecimento.
Talvez o problema do chatGPT tenha sido a proposta de treinar uma IA com o "conhecimento do mundo". Já percebemos que isto é caro, e quanto mais conhecimento maior o grau de alucina??o. Isto vale para o ser humano ou os computadores.
De toda esta discuss?o, me parece que o maior desafio da IA generativa n?o será a tecnologia, mas o gerenciamento do conhecimento. Até que tenhamos isto discutido e delineado em termos legais, continuaremos com infindáveis discuss?es. Porque os provedores de conhecimento n?o vendem "pacotes de informa??o"? Por exemplo o NY Times (comento este porque parece muito indignado com tudo) n?o vende um pacote de informa??es para treinamentos das IAs. O mesmo com a wikipedia e todos os outros. O pacote poderia ter sabores, o quanto de informa??o está sendo vendido, e cada provedor decide pelo pre?o que vai vender a IA quais pacotinhos de treinamento irá comprar. Claro que há muito para maturar a idéia, mas que é possível, ahh isto é ?
Estes "gênios instantaneos" que discutem sobre como ou quando a IA irá dominar o mundo, deveriam se reunir e discutir este tipo de coisas, como a informa??o pode ser democratizada e comercializada.
Pra mim faz muito sentido, pra você n?o ?
Obrigado, e até a próxima !!!!!
CEO na Ivy Group S/A | Investidor | Conselheiro | Colunista
11 个月Tenho acompanhado de perto o tema, e suas coloca??es tocam em pontos fundamentais que ressoam com os valores e a vis?o éticos do tema. A discuss?o sobre a origem das informa??es utilizadas para treinar modelos de IA e as implica??es dos direitos autorais nesse processo é crucial. A analogia feita entre o aprendizado de uma IA e o desenvolvimento cognitivo humano é particularmente sensacional, destacando n?o apenas as potencialidades da tecnologia, mas também as responsabilidades éticas que acompanham seu desenvolvimento. Acreditamos que a inova??o deve caminhar lado a lado com a ética. (deveria rs) Por isso, a ideia de democratizar e comercializar o conhecimento para o treinamento de IA, proposta por você, alinha-se com nossa vis?o aqui na Ivy, onde a tecnologia serve à humanidade de maneira justa e inclusiva. Bom, este artigo serve como um lembrete da importancia de abordarmos essas quest?es com seriedade e compromisso, buscando solu??es que beneficiem tanto os criadores de conteúdo quanto a sociedade como um todo. Parabéns meu amigo Glauco Reis !