Do complex contexts worry you, or make you curious?

The other day, I joined a virtual workshop as a facilitator, feeling concerned. The group was diverse on multiple levels—Africans, Indian, Arab, Europeans, Latin Americans. The different time zones, accents, and the fact that no one knew each other were important points of attention. Time was also a key factor, as we had 4 hours to collaboratively address the challenge presented by an African impact startup. But what seemed to be the biggest challenge to me was ensuring that the group of volunteers, all finance executives from a large international bank, could connect with the socio-economic and geopolitical context of the Kenyan impact startup.

They were asking for help to develop a financial plan that would help them transition from a "social movement" to a "social business," which required co-creating solutions for their financial sustainability. But the social and economic context in which they operate is extremely critical: a historically marginalized and conflict-prone region, the second poorest in Kenya, with a poverty rate of 80% and a human development index of 0.42, compared to the national average of 0.52.

In addition, they face the widest digital divide in the country, where residents have to walk more than 2 km to access a cellular network, and only about 3% of the population has access to a computer, tablet, or smartphone. The region also struggles with high levels of illiteracy (70%) and unemployment (52%).

As I studied the case and prepared for the workshop, I reflected a lot on the profile of the executives who would be volunteering. Often, groups arrive for these 4-hour collaborations still on "autopilot" from their workdays, distant from the stark differences between their realities and those of more vulnerable regions. I became convinced that, from the first minute, I would need to encourage a deep exercise in empathy—perhaps even compassion—before we could move on to brainstorming and the co-creation process. I carefully designed the session to first help the group immerse themselves in the startup’s unique context before diving into financial solutions, knowing that this connection was key to generating meaningful ideas.

However, on the day, I was immensely surprised—by both myself and the group. I entered the virtual room a few minutes before the participants arrived, as usual, and, along with the facilitation team, I shared my concern. I had doubts about whether we would be able to achieve the day’s goal. But as I heard myself say "I’m worried," a flash of insight hit me, and I rephrased it to "I’m curious to see what will happen." This internal shift completely changed my approach with the group. I wrote in big letters in my notebook: CREATIVITY! And that became the guiding force for the session. As a facilitator, I decided to shift the focus from challenges to opportunities, encouraging the group to explore solutions coming from completely different contexts. By setting the intention for myself to move away from rigid thinking patterns, I was able to guide the group toward more open and exploratory discussions. A whole universe of possibilities opened up. In fact, the possibilities had always been there; I was the one limiting them with my concern. The level of participation and willingness from everyone, the completely unexpected and out-of-the-box ideas that emerged, especially because each person came from a very different reality and brought diverse references, and the African impact startup’s satisfaction with how easily and feasibly they could implement those ideas were far beyond what I had imagined.

How powerful it is to recognize the strength of diversity in practice! And how important it was for me to realize, just in time, that in this case, fostering creativity in the group was even more fruitful and lighter than encouraging empathy, which can sometimes paralyze more than it drives action.

I’ve been reflecting on many areas of life where embracing this perspective of creativity can be more useful and effective in moving us from a place of worry to one of practical and feasible ideas and actions.

I would love to hear your thoughts. What are your experiences and ideas on this topic?

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(Vers?o em Português)

Contextos complexos te preocupam ou te despertam curiosidade?

Outro dia, entrei para facilitar um workshop virtual me sentindo preocupada. O grupo era diverso em vários níveis—africanos, indiano, árabe, europeus, latino-americana. Os diferentes fusos horários, sotaques, e o fato de ninguém se conhecer eram pontos de aten??o importantes. O tempo também era um fator chave, tínhamos 4 horas para endere?ar de forma colaborativa o desafio trazido por uma startup da áfrica. Mas o que me parecia ser o maior desafio era garantir que o grupo de voluntários, todos executivos da área financeira de um grande banco internacional, conseguisse se conectar com o contexto socioecon?mico e geopolítico da startup queniana.

Eles pediam ajuda para desenvolver um plano financeiro que os ajudasse a fazer a transi??o de "movimento social" para "negócio social", o que exigia a co-cria??o de solu??es para a sua sustentabilidade financeira. Mas o contexto social e econ?mico em que operam é extremamente crítico: uma regi?o historicamente marginalizada e propensa a conflitos, a segunda mais pobre do Quênia, com uma taxa de pobreza de 80% e um índice de desenvolvimento humano de 0,42, em compara??o com a média nacional de 0,52.

Além disso, enfrentam a maior divis?o digital do país, onde os moradores precisam caminhar mais de 2 km para acessar uma rede de celular, e apenas cerca de 3% da popula??o tem acesso a um computador, tablet ou smartphone. Além disso, a regi?o também enfrenta altos níveis de analfabetismo (70%) e desemprego (52%).

Enquanto estudava o caso e me preparava para o workshop, refleti muito sobre o perfil dos executivos que estariam se voluntariando. Muitas vezes, os grupos chegam para essas colabora??es de 4 horas ainda no "automático" de seus dias de trabalho, distantes das grandes diferen?as entre suas realidades e as de regi?es mais vulneráveis. Convenci-me de que, desde o primeiro minuto, precisaria incentivar um exercício profundo de empatia—talvez até de compaix?o—antes de podermos passar para o brainstorming e o processo de co-cria??o. Planejei a sess?o com cuidado para primeiro ajudar o grupo a se imergir no contexto único da startup antes de mergulhar nas solu??es financeiras, sabendo que essa conex?o era a chave para gerar ideias significativas.

Mas o fato é que me surpreendi imensamente no dia. Comigo mesma e com o grupo. Entrei na sala virtual alguns minutos antes da chegada dos participantes, como de costume, e, junto com a equipe de facilitadores, compartilhei minha preocupa??o. Eu tinha dúvidas se conseguiríamos atingir o objetivo do dia. Mas, ao me ouvir dizer "Estou preocupada", me ocorreu um lampejo, e reformulei a frase para "Estou curiosa para ver o que vai acontecer." Essa mudan?a interna alterou completamente minha abordagem com o grupo. Escrevi em letras grandes no meu caderno: CRIATIVIDADE! E isso se tornou a for?a orientadora da sess?o. Como facilitadora, decidi mudar o foco de desafios para oportunidades, incentivando o grupo a explorar solu??es que viessem de contextos completamente diferentes. Ao colocar para mim mesma a inten??o de me afastar de padr?es de pensamento rígidos, pude conduzir o grupo em dire??o a discuss?es mais abertas e exploratórias. Um universo inteiro de possibilidades se abriu. Na verdade, as possibilidades sempre estiveram lá; eu mesma é quem estava limitando-as com a minha preocupa??o. O nível de participa??o e disposi??o de todos, as ideias completamente inesperadas e fora da caixa que surgiram, especialmente porque cada um vinha de uma realidade muito diferente e trazia referências diversas e a satisfa??o da startup africana com a facilidade e a viabilidade de implementar aquelas ideias foram muito além do que eu havia imaginado.

Qu?o poderoso é reconhecer a for?a da diversidade na prática! E qu?o importante foi para mim perceber, a tempo, que, nesse caso, fomentar a criatividade no grupo seria ainda mais frutífero e até mais leve do que incentivar a empatia, que por vezes pode paralisar mais do que impulsionar.

Fiquei refletindo sobre muitas esferas da vida em que abra?ar essa perspectiva da criatividade pode ser mais útil e efetivo para sairmos do lugar da preocupa??o para o das ideias e atitudes práticas e possíveis.

Adoraria aprender com a sua opini?o. Quais s?o suas experiências e ideias sobre esse tema?