Clubhouse e o Marketing B2B – pelos olhos e ouvidos de uma marqueteira

Depois que Elon Musk deu as caras por lá – e causou, diga-se de passagem – times de marketing de todo o mundo come?aram a se mobilizar para discutir a inclus?o e os possíveis impactos do Clubehouse em suas estratégias. A nova plataforma, pelo menos até agora, despertou aquele desejo de pertencer em muita gente com sua estratégia de conex?o apenas para convidados. Falo por mim. Trabalho em uma multinacional e tenho acompanhado já há alguns dias a movimenta??o do headquarter para testar e discutir o tema.

Por aqui, a novidade chegou no fim de semana. Recebi o convite no sábado (6) e passei o fim de semana imersa em diversas salas, acompanhando os testes, ouvindo grandes nomes do Marketing – principalmente o digital -, empreendedores, gestores, influenciadores e criadores de conteúdo em diversas áreas.

Ainda é muito cedo para qualquer análise mais assertiva, porém o que n?o dá pra negar é que, sobretudo no segmento em que eu atuo - B2B -, o Clubhouse parece tentar resolver uma das nossas principais dores: promover discuss?es virtuais envolventes, elegendo porta-vozes que se tornar?o a imagem das marcas nesta rede, disseminando conteúdo de qualidade e trazendo convidados estratégicos para o centro do debate.

Por ser uma rede social que permite a transmiss?o apenas por voz, a plataforma funciona por meio de salas temáticas criadas pelos próprios usuários, que se tornam também moderadores e/ou speaker. A audiência, assim como em outras plataformas do gênero, pode se manifestar levantando a m?o, e receber – ou n?o – permiss?o para se juntar aos speakers e entrar no debate.

Diferentemente dos podcasts, o Clubhouse parece ser mais ágil e corriqueiro. N?o requer edi??o de qualquer natureza e funciona apenas no modo “ao vivo”, já que as salas n?o ficam salvas para quem quiser ouvir mais tarde. Isso me lembra aquele nosso hábito de assistir aos programas de televis?o antigamente. Ou você assistia no horário programado ou n?o assistia mais! Mas o fato de poder aliar várias atividades simultaneamente enquanto você ouve as discuss?es tem sido o ponto forte e parece compensar.

E por que a plataforma pode ser tornar uma grande oportunidade para as marcas B2B? Bem, na minha opini?o, além de ser mais um canal que estimula o debate e a divulga??o de conhecimento – que é o valor mais alto dentro de uma consultoria, por exemplo -, o Clubhouse ainda pode nos surpreender com ferramentas e formas diferentes de monetiza??o. 

Imagine grandes eventos corporativos promovidos apenas por voz dentro da plataforma! Afinal de contas, desde que a pandemia se instalou, a gente tem testado diversas ferramentas um tanto desajeitadas para sediar nossos eventos on-line. E o resultado tem sido nada promissor: a intera??o com rela??o aos eventos presenciais caiu drasticamente!

Já imaginou se o CEO da sua empresa cria uma sala no Clubhouse para sediar aquele congresso anual e pessoalmente convida pessoas de interesse para o debate? Pois é, eu já pensei. E reparei bastante no desejo insano das pessoas de subirem ao palco – ou melhor – subirem ao caixote, já que a rede ainda é muito restrita! A possibilidade de networking, apesar de tímida, existe sim! Você pode chamar um participante para uma conversa privada. Isso, pelo menos por enquanto, caso a pessoa siga o seu perfil. Porém, dali podem surgir comunidades interessadas em temas bastante específicos! E bingo.

Pode ser um fogo de palha? Claro que pode. Pode ser que a rede n?o se sustente. Mas o que n?o podemos, enquanto profissionais de marketing, é ver a onda passar em cima de nossas cabe?as e n?o surfar. Por enquanto, ela ainda está se formando. Depois n?o venha reclamar que você ficou na rebenta??o.

* Luciana Barros é formada em Comunica??o Social - Jornalismo. Atualmente cursa MBA em Marketing pela Esalq USP e escreve nas horas livres. é Gerente de Marketing da STAUFEN.Táktica, subsidiária brasileira da Consultoria Internacional de Lean Management STAUFEN. Além disso, é um ser humano em profunda constru??o.

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Clubhouse and B2B Marketing - through the eyes and ears of a marketer

After Elon Musk showed up there - and rocked, by the way -, marketing teams from around the world started to discuss the inclusion and possible impacts of Clubehouse in their strategies. The new platform, at least until now, has aroused that ‘desire to belong’ to many people with its invitation-only connection strategy. I speak for myself. I work in a multinational company and I have been monitoring the movement of the headquarter for a few days to test and discuss the topic.

Here, the novelty arrived at the weekend. I was invitated on Saturday (6) and spent the hole weekend immersed in several rooms, following the tests, listening to big Marketing names - especially the digital one -, entrepreneurs, managers, influencers and content creators in several areas.

It is still too early for any more assertive analysis, but what we cannot deny is that, especially in the segment in which I work - B2B -, the Clubhouse seems to solve one of our main pains: promoting engaging virtual discussions, electing voices that will become the image of the brands in this network, disseminating quality content and bringing strategic guests to the center of the debate.

As it is a social network that allows transmission only by voice, the platform works through thematic rooms created by the users themselves, who also become moderators and / or speakers. The audience, as on other platforms of the genre, can manifest themselves by raising their hands, and receive - or not - permission to join the speakers and enter the debate.

Unlike podcasts, Clubhouse seems to be more agile and commonplace. It does not require editing of any kind and works only in “live” mode, since the rooms are not saved for those who want to listen later. It reminds me of our habit of watching television programs in the past. Either you watched at the scheduled time or you didn't watch anymore! But the fact that you can combine several activities simultaneously while you listen to the discussions has been the strong point and it seems to pay off.

And why can the platform become a great opportunity for B2B brands? Well, in my opinion, in addition to being another channel that encourages debate and the dissemination of knowledge - which is the highest value within a consultancy, for example -, the Clubhouse can still surprise us with different tools and ways of monetization.

Imagine big corporate events promoted only by voice within the platform! After all, since the pandemic started, we have been testing a number of clumsy tools to host our online events. And the result has been nothing promising: interaction with face-to-face events has dropped dramatically!

Have you ever wondered if your company's CEO creates a room in the Clubhouse to host that annual congress and personally invites people of interest to the debate? Yeah, I already thought. And I noticed a lot of people's insane desire to go on stage - or rather - go up to the crate, since the network is still very restricted! The possibility of networking, although timid, does exist! You can call a participant for a private conversation. This, at least for now, if the person follows your profile. However, from there communities can emerge interested in very specific themes! And bingo.

Could it be a flash in the pan? Of course it can be. The network may not be sustained. But what we cannot do, as marketers, is to see the wave go over our heads and not surf it. For now, it is still forming. Then don't complain that you were in the surf.