5 motivos para se criar uma film commission/5 Reasons to create a Film Commission
Foto: Rodolfo Magalh?es/Videoclipe Dona da Minha Vida (Rouge)

5 motivos para se criar uma film commission/5 Reasons to create a Film Commission

Sabe aquela sensa??o de conhecer um lugar sem necessariamente ter viajado até lá? Se você fez uma analogia com Nova York, Londres ou Paris, é porque sua memória foi atrás de referências visuais dentro do seu cérebro para, enfim, projetar a experiência de visitar a Estátua da Liberdade, a London Eye ou a Torre Eiffel sem nunca ter pisado nesses pontos turísticos antes.

Muito desse trabalho, de construir um arquétipo de imagens dentro da cabe?a das pessoas, se deve à produ??o audiovisual - de séries, filmes e propagandas. Mas por trás dela há uma pe?a fundamental trabalhando nos bastidores, que funciona como bot?o de start para todo esse jogo imagético. é a film commission, departamento que gerencia e atrai filmagens para uma cidade, estado ou país.

E mais importante que entender o que ele faz, é jogar luz sobre o porquê da sua existência. Por isso resolvi listar cinco motivos que ajudam a entender sua importancia.

A primeira raz?o é econ?mica. Quer aumentar o potencial econ?mico da sua cidade? Posso garantir que trazer uma produ??o audiovisual pode ser um ótimo negócio. Ainda mais quando o lado fiscal está comprometido.

Uma produ??o que vai a campo precisa custear a hospedagem da sua equipe, transporte, alimenta??o, loca??o de equipamentos. Paga impostos diretos e indiretos. E dependendo do porte da filmagem, deixa até legados permanentes, como a reconstru??o de uma pra?a ou a reforma de um espa?o público.

Toda uma cadeia econ?mica local também é acionada. Porque n?o é só o município que ganha, é a pousada da Regina, o posto de gasolina do Jo?o, o restaurante do Paulo...

O segundo motivo é turístico. E tem a ver com o exemplo da abertura deste texto. é natural que alguém fa?a uma viagem por indica??o de um amigo, por compatibilidade financeira ou por querer desfrutar de uma experiência internacional.

Mas n?o é t?o difícil se deparar com alguém que se deslocou do seu país de origem por ter sido bombardeado por imagens e vídeos de um lugar bacana para visitar. é a for?a do audiovisual servindo como ponto de atra??o de turistas e viajantes.

O terceiro é o alcance internacional. Hoje, pela globalidade do setor, é comum uma série ou filme brasileiro viajar para telas de diversos países. Imagine, agora, um ucraniano tendo a possibilidade de assistir a uma série que se passa em Santa Rita do Passa Quatro? Ou um marroquino entrando no Youtube para assistir a um curta-metragem rodado no interior de Santa Catarina?

Há também o movimento que parte do próprio mercado. Ou seja, produtores internacionais observando o Brasil como um território que oferta diversos tipos de cenário. A cidade de S?o Paulo, por exemplo, recebeu nos últimos três anos mais de 40 grava??es estrangeiras dos mais diversos formatos. Prova de que o Brasil - mais especificamente, S?o Paulo - está no radar das produ??es que buscam pelo mundo cenários para suas próximas histórias audiovisuais.

A quarta raz?o é a identifica??o social. Quer curtir uma experiência que tem a ver com esse ponto? Assista - se é que você já n?o o fez - ao primeiro episódio da nova temporada de Black Mirror, da Netflix. Rodada em diversos lugares de S?o Paulo, alguns deles cart?es-postais, o capítulo da série distópica aproxima o paulistano do seu cenário cotidiano, faz uma conex?o, o identifica com aquele cenário. Ao ver a cidade na tela, a Avenida Paulista, o Viaduto Santa Ifigênia, o Copan, ele se sente representado e se vê dentro daquela história de alguma forma.

Sem falar que a obra ficará catalogada por um bom tempo na plataforma de streaming e na memória de todos que a assistiram.

Por fim, uma film commission é sobretudo uma política pública, e a cria??o de uma já é, por si só, um bom motivo para estabelecer uma estrutura forte para o audiovisual a longo prazo.

O primeiro ponto da justificativa é que a conex?o entre o departamento fílmico e os gestores públicos é diária e de extrema importancia. Afinal s?o essas pessoas as responsáveis pela gest?o do equipamento ou espa?o público. O segundo é que, por ser a film commission uma política pública regulamentada, ela acaba se institucionalizando como um servi?o essencial na administra??o pública. Além disso tudo, ainda é uma importante ferramenta de soft power.

Há outras boas raz?es para sua cidade, estado ou país criar uma film commission. Mas aí será papo para um outro encontro.

Até a próxima!

5 Reasons to Create a Film Commission

Do you know that feeling of knowing a place without necessarily having been there? If you made an analogy with New York, London or Paris, it's because your memory has gone behind visual references within your brain to finally design the experience of visiting the Statue of Liberty, the London Eye or the Eiffel Tower without ever having stepped on these sights before.

Much of this work, building an archetype of images within people's memory, is due to audiovisual production - of series, films and advertisements. But behind it is a key piece working behind the scenes that works as a start button for all this imaginary gameplay. It's the film commission, a department that manages and attracts footage for a city, state, or country.

And more important than understanding what it does is shed light on why it exists. That's why I decided to list five reasons that help us to understand its importance.

The first reason is economic. Want to increase the economic potential of your city? I can guarantee that bringing an audiovisual production can be a great deal. Especially when the fiscal side is compromised.

A production that goes on the field needs to support the lodging of its staff, transportation, food, equipment rental. Pay direct and indirect taxes. And depending on the size of the footage, it leaves even permanent legacies, such as rebuilding a square or renovating a public space.

An entire local economic chain is also triggered. Because it's not just the city that wins, it's Regina's inn, Jo?o's gas station, Paulo's restaurant ...

The second reason is touristic. And it has to do with the opening example of this text. It is natural for someone to travel on a referral, financial compatibility or wanting to enjoy an international experience.

But it is not so difficult to come across someone who has moved from his home country for being bombarded by images and videos of a cool place to visit. It is the power of audiovisual serving as a point of attraction for tourists and travelers.

The third is the international reach. Today, across the industry, it is common for a Brazilian series or film to travel to screens in various countries. Imagine now a Ukrainian having the chance to watch a series set in Santa Rita do Passa Quatro? Or a Moroccan coming to Youtube to watch a short film shot in the countryside of Santa Catarina?

There is also the movement that starts from the market itself. In other words, international producers observing Brazil as a territory that offers multiple types of film sets. The city of S?o Paulo, for example, has received in the last three years more than 40 foreign shootings of various formats. Proof that Brazil - more specifically, S?o Paulo - is on the radar of productions that search the world for scenarios for their next audiovisual stories.

The fourth reason is the social identification. Want to enjoy an experience that has to do with this point? Watch - if you haven't already - the first episode of Netflix's new Black Mirror season. Shot in various places in S?o Paulo, some of them postcards, the chapter of the dystopian series brings S?o Paulo closer to its everyday scenario, makes a connection, identifies it with that scenario. Seeing the city on the screen, Paulista Avenue, Viaduto Santa Ifigenia, the Copan building, someone feels represented and finds itself within that story in some way.

Not to mention that the work will be cataloged for a long time on the streaming platform and in the memory of all who watched it.

Finally, a film commission is primarily a public policy, and setting one up is in itself a good reason to establish a strong long-term audiovisual structure.

The first point of the justification is that the connection between the film department and the public managers is daily and extremely important. After all, these people are responsible for managing the equipment or public space. The second is that because the film commission is a regulated public policy, it ends up institutionalizing itself as an essential service in public administration. On top of that, it's still an important soft power tool.

There are other good reasons for your city, state or country to create a film commission. But let’s leave this for another meeting.

Till next time!

Aílton de Oliveira Júnior

Tecnico em Eléctrica : Cinema/ Pulblicide

5 年

Parabéns pela dinamica do texto , muitos n?o d?o nem a minima, por n?o saber entender todas essas informa??es muito bem, revelada aos Desconhecidos no geral ..

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Gabriel Corrêa e Castro

Fundador e Diretor Executivo da Produtora Viralata

5 年

Olha aí Cesar Piva

Tania Pinta

Gerente de Negócios da Vitrine Filmes - Especialista da indústria audiovisual

5 年

ótimo texto, bastante elucidativo!

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