???Drones e veneno: o avan?o dos agrotóxicos no Brasil* Sabe aquela express?o “n?o existe nada t?o ruim, que n?o possa ficar pior”? No Maranh?o, quando o tema é agrotóxicos, esse é o cenário cotidiano. Após 11 anos de proibi??o, a?Justi?a Federal liberou a pulveriza??o aérea de glifosato no estado. Na época em que foi proibida a aplica??o por aeronaves desse herbicida, o Ministério Público Federal (MPF) alegou que o Estado n?o conseguia fiscalizar o uso descontrolado e irregular do agrotóxico. Na nova decis?o, no entanto, o juiz federal Paulo César Moy Anaisse entendeu que o MPF n?o comprovou irregularidades. O glifosato é o pesticida mais utilizado no país. Países como México e Alemanha proíbem o seu uso devido a riscos ao meio ambiente e à saúde humana, como o desenvolvimento de cancer, depress?o, Alzheimer e Parkinson. No Brasil, entretanto, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilancia Sanitária) decidiu mantê-lo no mercado. Esta nova decis?o da Justi?a foi mais uma conquista do lobby dos agrotóxicos. Outra vitória aconteceu em dezembro, quando o?governador do Ceará Elmano de Freitas (PT) voltou atrás em seu posicionamento histórico e se uniu ao agro para liberar a aplica??o de pesticidas por drone. Com a aprova??o da Lei Zé Maria do Tomé, em 2019, o estado se tornou o primeiro (e único) a proibir a aplica??o de agrotóxicos por qualquer tipo de aeronave em todo o seu território.?Elmano foi coautor da lei. O discurso utilizado pelo agronegócio para permitir o uso de drones é que a deriva é menor do que a realizada por avi?es, ou seja, o produto n?o desvia tanto do alvo. Porém, estudos realizados em outros países mostram que até 55% do volume aplicado por drone se espalhou pelo entorno. O drone também está sendo utilizado como uma espécie de "arma química", de acordo com relatos ouvidos pela?Repórter Brasil. E o Maranh?o tem sido o principal palco desses ataques. Dados obtidos pela reportagem mostram que?228 comunidades em 35 municípios do estado denunciaram contamina??o por pesticidas?entre janeiro e outubro de 2024. Do total, 214 casos (94%) correspondem a ataques por drones. As queixas v?o desde intoxica??es humanas até prejuízos ambientais, como o envenenamento de rios e a morte de animais. Há anos?acompanhamos de perto o tema?– e n?o vamos parar! Seguimos investigando e contando essas histórias. Apoie nosso trabalho para que possamos seguir adiante: https://lnkd.in/du5uxPu7 *Texto adaptado da última newsletter. Para receber as próximas, assine aqui: https://lnkd.in/d93SntnC Justi?a Federal libera pulveriza??o aérea de agrotóxico glifosato no Maranh?o: https://lnkd.in/dJrRjJHA
Repórter Brasil
民间和社会团体
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Denunciamos viola??es de direitos humanos, investigamos cadeias produtivas e atuamos na preven??o do trabalho escravo
关于我们
- 网站
-
https://reporterbrasil.org.br/
Repórter Brasil的外部链接
- 所属行业
- 民间和社会团体
- 规模
- 11-50 人
- 总部
- S?o Paulo,S?o Paulo
- 类型
- 非营利机构
- 创立
- 2001
地点
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主要
Rua Bruxelas, 169 - Sumaré
BR,S?o Paulo,S?o Paulo,01259-020
Repórter Brasil员工
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Guilherme Bueno
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Daniel Camargos
Repórter na Repórter Brasil, colunista na Carta Capital e Rainforest Investigations Network Pulitzer Center alumni
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Paula Bianchi
Award-winning journalist | Editor at Repórter Brasil | Member of the Oxford Climate Journalism Network
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Poliana Dallabrida
Jornalista investigativa na Repórter Brasil
动态
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A Global Investigative Journalism Network fez uma sele??o das 10 melhores reportagens investigativas em língua portuguesa publicadas no ano passado. é uma honra ter tido um trabalho citado na lista com uma das reportagens da série Ogronegócio: milícia e golpismo na Amaz?nia, realizada com apoio do Pulitzer Center que foi editada e publicada pela Repórter Brasil. https://lnkd.in/d4MprAWm
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Ao longo de seus 23 anos de trajetória, a Repórter Brasil revelou dezenas de casos de frigoríficos brasileiros abastecidos por pecuaristas acusados de crimes ambientais e infra??es trabalhistas. Em 2024, os elos destes produtores com supermercados europeus e norte-americanos levou a um reconhecimento histórico para nossa equipe: o secretário-executivo da RB, Marcel Gomes, foi um dos vencedores do Prêmio Goldman, conhecido como o “Nobel do ambientalismo”. Foi apenas a quinta vez em que um brasileiro levou a distin??o. O reconhecimento ao trabalho da Repórter Brasil veio após uma investiga??o de impacto significativo: seis grandes grupos varejistas de Bélgica, Fran?a, Holanda e Reino Unido suspenderam a venda de produtos de frigoríficos brasileiros, em raz?o de os animais terem sido criados em área desmatada ilegalmente. Em setembro, Gomes também foi escolhido pela Forbes um dos 50 líderes mundiais na área de sustentabilidade. O monitoramento da cadeia da pecuária pela Repórter Brasil levou a outras descobertas em 2024 que renderam transforma??es concretas. Nossas pesquisas mostraram, por exemplo, como fazendeiros da Amaz?nia alteraram o perímetro de suas propriedades em registros públicos para “apagar” áreas embargadas por desmatamento ilegal. Um dos casos foi o da Fazenda Pai Herói. Mesmo com os embargos ativos, a propriedade forneceu gado para a JBS em 2024, segundo dados oficiais acessados pela Repórter Brasil. Após questionamento da reportagem, a JBS informou que “preventivamente bloqueou a propriedade”. A Secretaria do Meio Ambiente de Mato Grosso, por sua vez, prometeu investigar o caso. Os impactos gerados pelo nosso trabalho s?o o principal combustível do nosso jornalismo. ??Veja as reportagens da Repórter Brasil que mudaram 2024. https://lnkd.in/dF-WuGAh
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???????RB Investiga: jornalismo em profundidade para ver e ouvir. O videocast da Repórter Brasil coloca os holofotes em temas instigantes, para explorá-los com profundidade e didatismo. Em cada episódio, um jornalista da nossa equipe mergulha em um assunto complexo, conectando-o a quest?es sociais, ambientais e trabalhistas, sempre com a marca da Repórter Brasil. ????Você pode assistir — ou ouvir — todos os episódios no site da Repórter Brasil: https://lnkd.in/d6HdZT73
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*Há mais de uma década, pesquiso o trabalho escravo no Brasil e acompanho as mudan?as nesse cenário, especialmente nos perfis das vítimas, que cada vez mais incluem migrantes de diversas nacionalidades. A falta de dados confiáveis dificulta a cria??o de políticas públicas eficazes. A pergunta “Quem s?o os trabalhadores migrantes escravizados no Brasil?” já esteve em discuss?es entre a Repórter Brasil e órg?os públicos, visando entender a explora??o de migrantes. Embora antiga, essa realidade só foi oficialmente registrada em 2006. Desde ent?o, 1.212 trabalhadores de diferentes países foram resgatados em várias atividades econ?micas, mas os dados ainda estavam fragmentados. A equipe do programa Escravo, nem pensar!, da Repórter Brasil, organizou essas informa??es de três bancos do Ministério do Trabalho, revelando dados de mais de 900 trabalhadores estrangeiros escravizados entre 2010 e 2023. O?Dossiê “Trabalho Escravo e Migra??o Internacional”?traz detalhes como nacionalidade, idade, sexo e escolaridade das vítimas, com o objetivo de subsidiar políticas públicas mais eficazes para combater o problema. Alcan?ar resultados consistentes, com validade científica, n?o apenas alenta a sanha de pesquisadores, mas sobretudo traz insumos para o aprimoramento da política pública de erradica??o do trabalho escravo. Hoje, é possível saber quais s?o as nacionalidades mais afetadas pelo trabalho escravo, as atividades econ?micas com maior incidência do problema e as localidades em que essa explora??o se concentra. Entre 2019 e 2020, a?quest?o de gênero no trabalho escravo foi tema de um estudo pioneiro, diante do fato de que apenas 5% das vítimas eram mulheres, mesmo sendo elas maioria nos empregos precários. Essa pesquisa abriu novas frentes de estudos e a??es públicas focadas em mulheres em situa??o de explora??o. Esperamos que as informa??es desta última pesquisa também tenham decorrências positivas para a política de erradica??o ao trabalho escravo. Da nossa parte, aqui na Repórter Brasil, seguiremos as nossas investiga??es para responder as próximas perguntas vindouras. Natália Suzuki Gerente de Educa??o e Políticas Públicas *Texto adaptado da newsletter Impacto, da Repórter Brasil. Inscreva-se aqui: https://lnkd.in/d93SntnC Dossiê Trabalho Escravo e Migra??o Internacional: https://lnkd.in/g7xSDXsW
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A Hélen Freitas passou os últimos dois meses investigando um suposto grupo de pais e m?es apartidários preocupados com a educa??o dos filhos. Eles tentam modificar os livros didáticos em prol de um material menos "negativo" para o agro. Se o De Olho No Material Escolar te lembrou o finado Escola Sem Partido, é por aí mesmo que a banda toca. Texto sobre como a pecuária desmata a Amaz?nia? Corta. Dados sobre agrotóxicos? Corta. Nem o Ferreira Gullar escapa. Afinal, o que seria das crian?as ao lerem versos como “O branco a?úcar que ado?ará meu café/ nesta manh? de Ipanema/ n?o foi produzido por mim/ nem surgiu dentro do a?ucareiro por milagre./ [...] Em lugares distantes, onde n?o há hospital nem escola,/ homens que n?o sabem ler e morrem de fome/ aos vinte e sete anos/ plantaram e colheram a cana que viraria a?úcar.” O De Olho No Material Escolar ainda tem parceria com a USP e com o governo de S?o Paulo e forte financiamento do agronegócio. O vice-presidente do grupo, por exemplo, veio direto da Croplife, associa??o que representa as maiores fabricantes de agrotóxicos do mundo. Apenas neste ano, se reuniram duas vezes com Lira e Pacheco para tratar do Plano Nacional da Educa??o que será votado em 2025 e vai influenciar a educa??o no Brasil pela próxima década. Link da reportagem, que tive o prazer de editar, e foi publicada nesta quarta na Repórter Brasil nos comentários.
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O Dossiê Seguro Agrícola, especial da Repórter Brasil, é finalista na categoria Investiga??o da 6a edi??o do Prêmio Cláudio Weber Abramo. A premia??o valoriza trabalhos de alto impacto social que utilizam análise de dados para esclarecer temas de interesse público. Com coordena??o de André Campos e edi??o de Naira Hofmeister, o Dossiê investigou a rela??o entre seguros agrícolas e áreas com diversas irregularidades. Grandes multinacionais seguraram lavouras ilegais no Brasil, localizadas em fazendas embargadas ou em terras indígenas, onde a produ??o agrícola em larga escala é proibida. Além disso, essas seguradoras concederam apólices a fazendeiros incluídos na lista suja do trabalho escravo. Todos os contratos foram firmados com o apoio financeiro do governo federal, que promete implementar este ano um sistema de verifica??o para evitar essas irregularidades. As reportagens e pesquisas foram realizadas pelos jornalistas Poliana Dallabrida, Isabel Harari, Gil Alessi, Bruna Bronoski, Carolina Motoki e Ruy Sposati. O Prêmio Cláudio Weber Abramo é uma iniciativa da Escola de Dados (Open Knowledge Brasil), em parceria com a Associa??o Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e a Transparência Brasil, e tem como objetivo reconhecer trabalhos de excelência e fortalecer o jornalismo de dados no país. ??Confira o Dossiê Seguro Agrícola em https://lnkd.in/dY-UhCEk
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O Escravo, Nem Pensar!, programa educacional da Repórter Brasil, acaba de lan?ar um dossiê que já ganhou destaque na imprensa. Destacada no Valor Econ?mico, a publica??o revela dados alarmantes sobre o crescimento do número de imigrantes resgatados de condi??es de trabalho análogo à escravid?o no Brasil, que quase dobrou entre 2022 e 2023. Este relatório é o primeiro a sistematizar informa??es de diferentes bases de dados sobre migrantes internacionais escravizados, revelando um quadro preocupante, especialmente nas áreas de confec??o e constru??o civil “Quem está vulnerável está suscetível a ser explorado. Mas, no caso dos imigrantes, a situa??o irregular os vulnerabiliza ainda mais. Há ainda a barreira cultural e linguística. Esse trabalhador tem pouca socializa??o e demonstra dificuldade de se expressar. A maioria n?o sabe se pode ou n?o ter carteira de trabalho, o que seria uma jornada legal, n?o tem rede de apoio que possa auxiliar”, explicou em entrevista Natália Suzuki, coordenadora do Escravo, Nem Pensar! O dossiê destaca que, entre os imigrantes resgatados, bolivianos e paraguaios est?o no topo da lista de nacionalidades. O dossiê oferece n?o apenas um diagnóstico detalhado, mas também subsídios essenciais para a cria??o de políticas públicas que combatam essa grave viola??o de direitos humanos. O dossiê será lan?ado no próximo dia 24, no Rio de Janeiro, na XVII Reuni?o Científica do GPTEC - Grupo de Pesquisa Trabalho Escravo Contemporaneo da UFRJ. ?? ?? Para conferir o dossiê na íntegra, acesse escravonempensar.org.br
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Ao longo de 23 anos, a Repórter Brasil tem sido uma voz fundamental na denúncia de injusti?as, viola??es de direitos humanos e do agravamento da crise ambiental. Em um país de tantas desigualdades, seguimos firmes no compromisso de revelar histórias que precisam ser contadas — muitas vezes ignoradas pelos grandes veículos de comunica??o. Investigamos as entranhas do agronegócio, as áreas onde trabalhadores s?o explorados em condi??es análogas à escravid?o, os rinc?es da Amaz?nia, onde a luta pela terra e pela preserva??o da floresta é uma batalha diária, e as cidades, onde a busca por dignidade e direitos trabalhistas se intensifica a cada dia. Além disso, desenvolvemos pesquisas que geram impacto real nas políticas públicas, com o conhecimento aprofundado das cadeias produtivas de diversas empresas. Também somos responsáveis pelo "Escravo, nem pensar!", o primeiro programa nacional de preven??o ao trabalho escravo. Hoje, 9 de outubro, celebramos n?o apenas nosso aniversário, mas a coragem de todos que nos apoiam e acreditam na importancia de um trabalho que busca impacto real, mudando vidas e promovendo justi?a. Obrigado por estar ao nosso lado nessa jornada! Que venham muitos mais anos de luta, denúncia e transforma??o social.
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A RedLabora oferece sua primeira forma??o virtual aberta para jornalistas e estudantes de jornalismo da regi?o, intitulada “Direitos trabalhistas na América Latina: marco jurídico, cadeias de produ??o e conduta responsável das empresas”, que ocorrerá nos dias 18 de outubro e 22 de novembro, das 10h às 13h (horário de Brasília). ? Conteúdos da forma??o: ?? Jornalismo e direitos humanos/trabalhistas no marco dos?Princípios Orientadores da ONU sobre Empresas e Direitos Humanos; ?? Apresenta??o dos avan?os legais sobre devida diligência e?import bans?de produtos com trabalho escravo (como a diretiva europeia sobre devida diligência das empresas em matéria de sustentabilidade e o Tariff Act dos Estados Unidos, entre outros instrumentos legais); ? ?? Reportagens sobre cadeias de produ??o e colabora??o transfronteiri?a, para ilustrar as discuss?es e inspirar outras investiga??es similares. ? A forma??o será ministrada por Charles Autheman, um consultor independente que vem organizando e facilitando cursos para jornalistas, sindicalistas e profissionais de comunica??o em mais de 20 países nos últimos 10 anos. Recentemente, ele coordenou o desenvolvimento do primeiro glossário de migra??o voltado para a mídia e o kit de ferramentas da OIT para jornalistas sobre trabalho escravo e recrutamento justo. ? Inscreva-se gratuitamente, preenchendo este formulário on-line:?https://lnkd.in/dc4-iuhj?
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