“O 8 de marc?o de 2025 e? um dia de grande importa?ncia para todas as mulheres, para os movimentos feministas brasileiros e ao redor do mundo. O que vemos e nos preocupa e? um retrocesso gigantesco nos nossos direitos em ni?vel local, nacional, regional e global, contra o qual seguimos resistindo. O patriarcado e o capitalismo nos ameac?am como sistemas que constantemente retiram direitos conquistados. Basta olhar para o que acontece nos Estados Unidos, mas na?o so? la?. Na Europa, a eleic?a?o de partidos de extrema direita tem levado a? perda de direitos das mulheres, e o mesmo ocorre na Ame?rica Latina. Estamos diante de um encolhimento e de uma ameac?a permanente a?s nossas conquistas. Os movimentos feministas est?o sob ataque por estarem fundamentados em quest?es que desafiam opress?es de gênero, de orienta??es sexuais, de ra?a, de classe, defendendo a diversidade, os direitos sexuais e reprodutivos contra as injusti?as de um sistema patriarcal e misógino. O retrocesso que enfrentamos e? sistema?tico e atinge direitos fundamentais das nossas irma?s negras, das populac?o?es indi?genas, das pessoas LGBTQIA+ e de todos os grupos historicamente marginalizados. Assistimos a uma escalada de discursos de o?dio e de poli?ticas que tentam reverter avanc?os conquistados a duras penas: o direito ao pro?prio corpo, a? liberdade de existir sem viole?ncia, a? representatividade na poli?tica e nos espac?os de poder, ao trabalho digno e a? seguranc?a alimentar. Sa?o direitos que na?o pertencem a uma u?nica gerac?a?o, mas a va?rias, construi?dos com muita luta e sacrifi?cio, e muitas vezes com vidas perdidas. Por isso, o 8 de marc?o tem um significado ainda mais profundo. Ele representa nossa compreensa?o de que precisamos nos unir e avanc?ar para resistir, porque o que vem pela frente na?o e? pequeno. O cena?rio exige mais do que nunca que nos fortalec?amos em todos os a?mbitos, do local ao nacional, do regional ao global. Na?o podemos permitir que nossos direitos sejam apagados com uma canetada. O direito das nossas irma?s, sejam elas negras, indi?genas, brancas, LGBTQIA+ ou de qualquer outro grupo que luta por justic?a e dignidade, na?o pode ser arrancado por essa onda conservadora que avanc?a e ja? da? sinais de forc?a tambe?m no Brasil. As eleic?o?es municipais sa?o uma prova disso. No?s, mulheres feministas organizadas em rede, precisamos intensificar nossa luta e fortalecer ainda mais os espac?os de resiste?ncia para enfrentar esse retrocesso avassalador que estamos presenciando.” Patri?cia Chaves - diretora do Espac?o Feminista
关于我们
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www.espacofeminista.org
Espa?o Feminista do Nordeste的外部链接
- 所属行业
- 非盈利组织
- 规模
- 2-10 人
- 类型
- 非营利机构
- 创立
- 2008
- 领域
- Terceiro Setor和Organiza??o Feminista
Espa?o Feminista do Nordeste员工
动态
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Por mais mulheres indígenas nos espa?os universitários. Uma satisfa??o ter Cris Pankararu em nossa rede de mulheres.
We celebrate the achievement of Cristiane Juli?o Pankararu, having defended her thesis and receiving her doctorate of social anthropology, specializing in legal anthropology. Her work carries a powerful message: all sciences are unique in their essence, and it is crucial to recognize Indigenous Peoples' ancestral, social, cultural, ecological, and cosmological science with the same importance. About Cristiane Juli?o Pankararu: A relentless advocate for Indigenous rights, environmental sustainability, and the empowerment of Indigenous women. Cristiane holds key leadership roles: Co-founder of ANMIGA (National Articulation of Indigenous Women Warriors of Ancestrality) Representative in CGen/MMA (Genetic Heritage Management Council) Coordinator of CSG (Sectorial Chamber of Biodiversity Guardians) Cristiane tirelessly fights to ensure that Indigenous science is upheld through free, prior, and informed consent, fair benefit-sharing, and the protection of biocultural heritage. What's next? Collaborating with UseFlora/UFSC Institute to build a database that strengthens Indigenous sciences and knowledge systems! #IndigenousWomen #IndigenousKnowledge
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O quilombo de Conceic?a?o das Crioulas, em Salgueiro, no Serta?o pernambucano, tambe?m e? conhecido por suas mulheres artesa?s e costureiras. Elas trabalham com a confecc?a?o de roupas personalizadas em algoda?o cru, mas precisam importar algoda?o de Sa?o Paulo, o que encarece as beli?ssimas pec?as. Acontece que ha? centenas de anos o quilombo nasceu a partir da ocupac?a?o de seis mulheres negras, as crioulas, que deram nome ao povoado. Elas comec?aram a plantar algoda?o, na e?poca chamado de ouro branco, colhiam, fiavam e vendiam os novelos da planta na cidade. Inclusive algumas das pec?as feitas hoje pelas quilombolas te?m bordados que remetem a? planta e tambe?m a? histo?rias das crioulas. Com o passar dos anos, a produc?a?o de algoda?o sofreu decade?ncia e e? exatamente isso que as mulheres querem mudar atrave?s de um plano de fortalecimento de ac?o?es ja? em curso construi?do junto conosco e com apoio da instituic?a?o inglesa Croda Foundation. Nos u?ltimos dias estivemos por la? para acompanhar o andamento do plano. Uma das novidades e? que as quilombolas receberam sementes de algoda?o em quantidade suficiente para plantar em tre?s hectares de terra e va?o comec?ar a tocar o plantio consorciado com outras espe?cies. Com a pro?pria produc?a?o, esperam colher e fiar, como fizeram suas ancestrais. Quem deu o presente foi Edineide Alves. Tambe?m esta? nos planos das mulheres trocar conhecimento com as moradoras do Quilombo Kalunga, em Goia?s. La?, elas fazem o processo de plantar, fiar e tecer roupas de algoda?o artesanais. O plano de fortalecimento das ac?o?es preve? restaurac?a?o da vegetac?a?o natural da Caatinga, capacitac?a?o de jovens para atuarem como agentes de desenvolvimento e sustentabilidade, recuperac?a?o de tre?s nascentes e de um barreiro, interca?mbio com redes de mulheres produtoras de mel e algoda?o orga?nico, ale?m de registro da patente da produc?a?o para evitar apropriac?a?o. #mulherescostureiras #quilombolascostureiras
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Historicamente, a competência das mulheres está associada ao cuidado. Como se elas n?o pudessem atuar em outras frentes. Você concorda com isso? O trabalho das lideran?as de nossa rede exercido nas regi?es onde atuamos comprova o contrário. Somos muito mais que cuidado. Somos capazes de conquistar direitos e mudar rumos de histórias onde as mulheres têm sido deixadas para trás ao longo dos anos. Nossas lideran?as participam de forma??es e também fazem forma??o com outras mulheres; exercem diálogo com o poder municipal, e superam obstáculos onde os direitos básicos, como acesso à água e à saúde, ainda s?o negados. No mercado de trabalho, a participa??o global de mulheres em cargos de lideran?a corresponde a 37% apenas, de acordo com a última edi??o do Global Gender Gap Index — estudo sobre desigualdade de gênero realizado pelo Fórum Econ?mico Mundial. O que a sociedade machista parece n?o aceitar é que organiza??es com até 30% de mulheres exercendo cargos de lideran?a tem 12 vezes mais chance de estar entre as 20% melhores em desempenho financeiro, diz outro estudo, divulgado pela ONG Conference Board. Contra fatos n?o há argumentos, diz uma frase conhecida. Ent?o, olhos abertos para cada vez mais abrir os espa?os para as mulheres na lideran?a. Seja em suas comunidades, na política ou no mercado de trabalho. #mulheresnalideran?a #mercadodetrabalho
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As mulheres indígenas que integram nossa rede participam da Global Alliance of Territory and Communities (GATC), que come?ou no último dia 14, no Espírito Santo, no Sudeste brasileiro. Entre os objetivos do encontro está a constru??o de um plano de a??o com foco em mulheres e meninas para ser executado ao longo deste ano. Esse é o terceiro encontro de indígenas e comunidades locais, com participa??o de 35 mulheres do Brasil, da áfrica Central, da Indonésia e da América Central. Até o dia 21, as lideran?as também participam do Encontro Anual de Planejamento da Alian?a Global. A coaliz?o de organiza??es indígenas e de comunidades tradicionais trata sobre defesa de direitos territoriais, consulta prévia livre e informada, financiamento direto, conhecimentos tradicionais, governan?a aut?noma e participa??o nos espa?os de decis?o a nível internacional. As indígenas pernambucanas Elisa Pankararu (na foto está de preto), Cris Juli?o e Luana Pankararu viajaram representando suas institui??es e também o Espa?o Feminista. “O encontro é muito positivo. Traz mulheres de outros países e de organiza??es indígenas brasileiras, com a Anmiga, Apib e Apoinme, para a constru??o de uma agenda comum. Um dos assuntos tratados foi o “cuidar de quem cuida”, algo que o Espa?o Feminista tem feito muito bem, exercendo o papel de uma rede de apoio fundamental para mulheres indígenas e n?o indígenas”, destacou Cris Juli?o. #mulheresindigenas #direitosindigenas
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Demos um passo importante em dire??o à regulariza??o fundiária em benefício das mulheres de Col?nia, na zona rural de Bonito, no Agreste pernambucano. As famílias de Col?nia vivem em situa??o de extrema vulnerabilidade e as casas n?o têm drenagem ou saneamento básico. Essa situa??o emperra o avan?o da política fundiária com recorte de gênero tocada pelo governo municipal em parceria com o Espa?o Feminista e o apoio da Cadasta Foundation. Além de receber a importante parceria do Instituto Terra Viva do Brasil, que vai coordenar a elabora??o do projeto de drenagem e esgotamento sanitário das moradias de Col?nia, a iniciativa também vai contar com a constru??o de banheiros em dez residências, compromisso assumido pela prefeitura. No encontro, também apresentamos um resumo executivo de todas as etapas do projeto em Col?nia e as responsabilidades de cada um dos envolvidos. Os próximos passos s?o: identifica??o e dimensionamento da carência de coleta e tratamento dos esgotos domésticos, além do levantamento de sanitários domésticos precários e carência de demais instala??es hidrossanitárias e estruturas construtivas precárias; e elabora??o de documento preliminar para discuss?o das solu??es adequadas à comunidade. O caminho n?o é simples, mas o importante é que existe vontade política da prefeitura em realizar o projeto.
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Imagine uma mulher obrigada a passar de quatro a cinco horas de seu dia dedicada a conseguir água para a subsistência da família? água, muitas vezes, contaminada, sem condi??es para o consumo humano. O aumento da sobrecarga da mulher é apenas um dos efeitos perversos das mudan?as climáticas no mundo. Como uma pessoa nessas condi??es consegue estudar, se dedicar a uma profiss?o, ascender socialmente ou mesmo cuidar de si mesma? As mudan?as climáticas também limitam a participa??o das mulheres na luta por direitos básicos e a permanência delas em seus territórios. Esse foi um dos assuntos debatidos durante o “Fórum Latinoamericano de Mulheres. Propostas para o Acesso à Terra e Territórios”, que aconteceu nos dias últimos dias 30 e 31 de janeiro, em Comayagua, Honduras. Nossa educadora popular Anna Paula Silva representou o Espa?o Feminista no encontro. Ela sabe o quanto esse cenário de busca da água narrado por uma indígena dos Andes, na América do Sul, é presente também no Nordeste do Brasil. “Temos muito em comum com as outras mulheres da América Latina, seja no enfrentamento das violências, governos autoritários - que no nosso caso hoje n?o é autoritário, mas fragilizado - e no acesso à terra e à água, que frustra a vida das mulheres e toma o tempo delas”, destacou. O encontro buscou promover o fortalecimento da rede de mulheres, perceber como anda o acesso à terra para elas - considerando as especificidades de cada povo - e garantir espa?os em diversas plataformas, a exemplo da Plataforma Mulher Rural e Direito à Terra, composta por outras institui??es da América Latina. O direito da mulher à terra tem enfrentado um inimigo em comum em toda a América Latina: os dados do censo agrário nos países da regi?o est?o defasados. Isso impede uma análise dos avan?os e retrocessos vivenciados e dificulta a cria??o de estratégias coletivas para o enfrentamento do problema. Soma-se a isso a violência no campo, o agronegócio, a minera??o e todas as formas de explora??o e degrada??o dos ecossistemas. “Os dados s?o importantes porque podemos analisar como está a distribui??o da terra para as mulheres. Importante ressaltar também que há territórios que os governos n?o acessam para levantamento de dados, por exemplo, porque s?o áreas dominadas pelo narcotráfico. Além disso, garantir a terra é essencial, mas é preciso que o governo dê condi??es de produ??o”, completou Anna. Uma das miss?es do Espa?o Feminista é conectar as mulheres do local ao global. Participar das discuss?es da Plataforma Mulher Rural e Direito à Terra é fundamental para tra?armos planos e estratégias para melhorar a vida das mulheres. “A partir do compartilhar, conseguimos nos unir e continuar caminhando juntas por uma América Latina livre e feminista, na qual todas as mulheres tenham condi??es de acesso à terra e aos meios de produ??o, garantindo-lhes uma vida plena e digna”, finalizou Anna. #forumlatinoamericanodemulheres #direitodasmulheresàterra
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Já pensou receber R$ 40 por oito horas de trabalho exaustivo? Isso significa R$ 5 por uma hora trabalhada. Pois bem, essa é a realidade de parte das pescadoras de Povoa??o de S?o Louren?o, terra quilombola, em Goiana, litoral norte de Pernambuco. De família de pescadoras, Thamyris Ketilly pegou o próprio celular e foi para as águas acompanhar a tia e a avó na tarefa de capturar gatapu e outros mariscos no estuário da regi?o. A coleta de gatapu é difícil porque há risco de cortes nas ostras. Além disso, é preciso tratar o produto, assim como é feito com o camar?o. Para conseguir juntar um quilo do gatapu para empacotar e vender por R$ 40 é um longo percurso. E ainda tem quem ache caro. “Os jovens que foram criados vendo esse trabalho todo e a pouca valoriza??o e o sofrimento dos pais, n?o querem ter a mesma profiss?o. Ainda tem jovens pescando, mas a maior parte n?o tem muita escolaridade”, explica Thamyris, que resolveu percorrer outros caminhos e agora é auxiliar de enfermagem. Uma alternativa apontada em encontros da rede do Espa?o Feminista tem sido investir na forma??o universitária de jovens oriundos de famílias de pescadores e que se identificam com o trabalho de seus antepassados, mas querem viver a profiss?o de outra forma: valorizada. Com o conhecimento adquirido em cursos como engenharia de pesca e agronomia, os jovens poderiam aplicar ideias, inclusive inovadoras, em suas regi?es de origem, por exemplo. E você, já pensou se um dia a pesca acaba por falta de pescadores? Um viva à pesca artesanal feita por mulheres! Mas n?o esque?a de valorizar o produto comercializado por elas. #pescaartesanal #pescadoras #baixaremunera?ao
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Trabalhar em rede pelos direitos das mulheres significa, antes de tudo, ouvir cada uma delas, compreender suas necessidades e acolher seus sonhos. é com base nesse compromisso que a coordena??o do Espa?o Feminista se reuniu para avaliar as a??es de 2024 e planejar os próximos passos para 2025. Fizemos um balan?o positivo do ano que passou, com avan?os em novos territórios, maior alcance entre diferentes povos e a renova??o de parcerias estratégicas. No entanto, também reconhecemos a importancia de ajustar rotas e incorporar aprendizados. Para 2025, nossa atua??o estará ainda mais estruturada a partir dos grupos de identidades e resistências – pescadoras, indígenas, quilombolas, mulheres urbanas e mulheres rurais – que refletem a diversidade e for?a dos 14 territórios onde atuamos. Esses grupos guiar?o a constru??o das a??es, assegurando que elas respondam diretamente às especificidades de cada contexto. Vamos fortalecer ainda mais o protagonismo das mulheres em seus próprios territórios, pois s?o elas que vivem o cotidiano e conhecem profundamente os desafios locais. As solu??es n?o ser?o impostas por equipes externas, mas construídas de forma coletiva, a partir de debates que valorizem suas vivências e saberes. O trabalho realizado no Quilombo de Concei??o das Crioulas, em Salgueiro, no Sert?o pernambucano, é um exemplo inspirador. Lá, as a??es foram elaboradas em conjunto com as quilombolas e o Espa?o Feminista, com apoio da funda??o inglesa Croda. Seguiremos fortalecendo iniciativas como essa, que colocam as mulheres no centro das decis?es e das mudan?as em seus territórios. Outro marco será a implementa??o do fundo rotativo, uma iniciativa que será coordenada coletivamente pelas mulheres da rede do Espa?o Feminista. Este é mais um passo na constru??o de autonomia e na valoriza??o do trabalho coletivo. Seguimos firmes no compromisso de atuar ao lado das mulheres, fortalecendo redes, criando caminhos e transformando?realidades. #direitosdasmulheres #equidadedegenero #autonomia
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Povoa??o de S?o Louren?o, em Goiana, na Mata Norte de Pernambuco, é terra quilombola reconhecida como tal pela Funda??o Cultural Palmares desde 2005. Acontece que, apesar da importancia histórica do lugar e de seus habitantes, as mulheres e homens remanescentes de quilombo ainda n?o têm a titula??o das terras. Isso impede o acesso da popula??o a diversas políticas públicas e direitos de subsistência, como plantar nas terras onde vivem. A equipe do Espa?o Feminista esteve em Povoa??o e se reuniu com integrantes das associa??es de Marisqueiras e de Quilombolas para debater o assunto e verificar a possibilidade de dar andamento à regulariza??o fundiária com recorte de gênero junto à popula??o. O processo é conduzido em conjunto com o Incra, responsável pela iniciativa em terras quilombolas de Pernambuco. Essa é a primeira vez que atuamos com regulariza??o fundiária em uma área quilombola. Temos experiências de sucesso em área urbana, em Ponte do Maduro, no Recife; e em área rural, em Bonito, no Agreste de Pernambuco. Estamos só come?ando, mas a recep??o das mulheres e homens quilombolas foi fantástica. #quilombolas #regulariza??ofundiária
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